Numerosos dirigentes mundiais parabenizaram neste sábado Joe Biden após o anúncio de sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que encerrará o tumultuado mandato de Donald Trump.
- União Europeia -
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, saudaram a eleição de Biden.
Eles também apostam na reconstrução de uma "relação firme" entre a UE e os Estados Unidos, depois que Trump manteve relações tensas com alguns dos principais líderes europeus.
"A Comissão está pronta para intensificar sua cooperação com a nova administração", acrescentou Von der Leyen, enquanto Michel defendeu a necessidade de fortalecer a colaboração entre Washington e Bruxelas para enfrentar os desafios globais, como a covid-19, as mudanças climáticas ou o comércio internacional.
- OTAN -
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, também felicitou o candidato democrata e disse estar "ansioso por trabalhar" com este "forte apoiante da Aliança Atlântica".
"Uma OTAN robusta é uma coisa boa tanto para a América do Norte quanto para a Europa", disse Stoltenberg.
- Reino Unido -
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson também parabenizou Biden e Kamala Harris "por sua conquista histórica".
"Espero que trabalhemos de perto em nossas prioridades comuns, de mudança climática até comércio e segurança", tuitou o líder conservador britânico, que no passado teve relações tensas com Biden e o ex-presidente democrata Barack Obama.
- Alemanha -
A chanceler alemã Angela Merkel, cujas relações com Trump eram mais do que frias, desejou a Biden "de todo o coração sorte e sucesso".
"Nossa amizade transatlântica é insubstituível se quisermos superar os grandes desafios de nosso tempo", acrescentou a líder democrata-cristã, citada em um tuíte de seu porta-voz.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, também expressou sua esperança de que a eleição de Biden proporcione "um novo impulso" nas relações bilaterais.
- França -
O presidente francês Emmanuel Macron parabenizou Biden e pediu-lhe que agisse "junto" para "enfrentar os desafios atuais". Temos muito que fazer para enfrentar os desafios de hoje. Vamos agir juntos!", disse o francês no Twitter.
- Canadá -
"Estou ansioso para trabalhar com o presidente eleito Biden, a vice-presidente Harris, sua administração e o Congresso dos Estados Unidos para que possamos superar os maiores desafios do mundo juntos", escreveu o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau em um comunicado.
- Japão -
O primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga pediu o fortalecimento dos laços entre os dois países.
"Cordiais parabéns a @JoeBiden e @KamalaHarris. Espero trabalhar com vocês para fortalecer ainda mais a aliança Japão-Estados Unidos e garantir paz, liberdade e prosperidade na região Indo-Pacífico e além", tuitou Suga.
- Argentina -
"Parabenizo o povo americano pelo comparecimento recorde nas eleições, uma clara expressão de vontade popular. Saúdo @JoeBiden, o próximo presidente dos Estados Unidos, e @KamalaHarris, que será a primeira vice-presidente mulher daquele país", disse no Twitter o presidente da Argentina, Alberto Fernández (centro-esquerda).
- Espanha -
O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, desejou "sorte" a Biden.
"Estamos preparados para cooperar com os Estados Unidos e enfrentar juntos os grandes desafios globais", acrescentou Sánchez.
- Itália -
O chefe do governo italiano, Giuseppe Conte, parabenizou "o povo americano e suas instituições por sua excepcional prova de vitalidade democrática" e garantiu que quer trabalhar com o ex-vice-presidente Obama para "fortalecer a relação transatlântica".
- Irlanda -
O primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, foi um dos primeiros a parabenizar Biden, que descreveu como "um verdadeiro amigo" da Irlanda.
"Joe Biden tem sido um verdadeiro amigo deste país ao longo de sua vida e estou ansioso para trabalhar com ele nos próximos anos. Também espero dar as boas-vindas a ele em casa quando as circunstâncias permitirem", disse Martin em sua conta no Twitter.
- Índia -
O primeiro-ministro indiano Narendra Modi parabenizou Biden e, especialmente, sua vice, Kamala Harris, de origem indiana, por seu sucesso "inovador".
"Parabéns @JoeBiden pela sua vitória espetacular!", tuitou Modi.
Em um tuíte separado, ele se dirigiu a Harris: "Seu sucesso é inovador e uma fonte de imenso orgulho para todos os índio-americanos".
Kamala Harris, a primeira mulher eleita vice-presidente dos Estados Unidos, é filha de pai jamaicano e mãe indiana.
- Irã -
O vice-presidente iraniano, Eshaq Jahangiri, disse esperar que "as políticas destrutivas dos Estados Unidos" mudem após o anúncio da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais.
"Espero que estejamos enfrentando uma mudança nas políticas destrutivas dos Estados Unidos e um retorno à lei, aos acordos internacionais e ao respeito pelas nações", disse Jahangiri em sua conta no Twitter. "A era Trump e seu aventureiro e equipe belicista acabaram", acrescentou.
- Venezuela -
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que estará "sempre pronto para o diálogo" com os Estados Unidos, país com o qual mantém relações tensas, e parabenizou Joe Biden pela vitória nas eleições presidenciais norte-americanas.
O chefe do Parlamento e líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, também parabenizou Joe Biden e garantiu que trabalharão "juntos" pela "restauração da democracia" no país caribenho.
- México -
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse neste sábado que aguardará a resolução das "questões jurídicas" das eleições presidenciais dos Estados Unidos para estabelecer sua posição e garantiu que mantém uma relação muito boa "com os dois candidatos".
"Não queremos ser imprudentes, não queremos agir levianamente e queremos respeitar a autodeterminação dos povos", disse o presidente a jornalistas.
- Eslovênia -
Em contraste com as felicitações a Biden, o primeiro-ministro esloveno Janez Jansa, um partidário de Trump, declarou-se surpreso com a onda de parabéns a Biden.
"Os tribunais nem começaram a decidir sobre o assunto. Apesar disso, os meios de comunicação (e não qualquer instituição oficial) anunciam o vencedor", disse, aludindo à recusa de Trump em aceitar sua derrota, que considera uma "fraude" eleitoral.