Algumas nações ainda não reconheceram ou se manifestaram sobre a eleição de Joe Biden para a Presidência da República dos Estados Unidos, conseguida via votação no último sábado. China, México e Rússia aguardam um desfecho para declarar o democrata como novo presidente estadunidense, isso porque Donald Trump, candidato republicano à reeleição derrotado, acusa o pleito de fraude, mas não apresentou provas. O Brasil ainda não se pronunciou, assim como a Coreia do Norte.
O presidente Jair Bolsonaro ainda não fez menção à vitória de Biden. Entretanto, na última sexta-feira, quando os números já apontavam a eleição do democrata, o brasileiro e aliado de Trump disse que o republicano não era “a pessoa mais importante do mundo”.
Já López Obrador, presidente do México e outro nome próximo de Trump, disse no último sábado aguardaria a oficialização da eleição. "Não queremos ser imprudentes, não queremos agir levianamente e queremos respeitar a autodeterminação dos povos". Já nesse domingo, o mexicano parabenizou Luis Arce, que tomou posse como presidente da Bolívia no mesmo dia.
Caso semelhante ao do México, Rússia e China também vão aguardar um parecer da Justiça para congratular Biden. “Achamos apropriado esperar pela contagem oficial dos votos”, disse Dmitry Peskov, porta-voz de Vladimir Putin, presidente russo.
"Vi que Biden declarou vitória nas eleições", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin. "Entendemos que o resultado das eleições presidenciais será determinado seguindo as leis e procedimentos dos Estados Unidos". A China "seguirá as práticas internacionais" em suas declarações sobre o resultado, completou, também nesse domingo.
O caso da Coreia do Norte, país fechado a relações internacionais e sob comando de uma ideologia Juche do ditador Kim Jong-Un, é mais peculiar. O país raramente se pronuncia sobre questões fora de seu território, e não é diferente com as eleições dos Estados Unidos.
Os cinco líderes vão na contra-mão do planeta, já que a grande maioria das nações já reconhecem Biden como presidente eleito. Até países com relações mais ásperas com os Estados Unidos, como Arábia Saudita, Cuba, Irã e Israel, já congratularam ou mencionaram o democrata como novo governante.