Jornal Estado de Minas

Tempestade Eta causa inundações na Flórida após castigar Cuba e América Central

A tempestade tropical Eta causou inundações nesta segunda-feira (9) no sul da Flórida, depois de castigar Cuba e deixar um rastro de destruição na América Central e no sul do México.

Mais de 250 pessoas morreram ou estão desaparecidas desde que o Eta atingiu - inicialmente como furacão - Nicarágua, Guatemala e Honduras, provocando inundações e deslizamentos de terra.





Ao tocar o solo no arquipélago de Florida Keys, extremo-sul do estado, Eta perdeu força, o que levou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, a reduzir as advertências sobre o fenômeno.

Às 13h00 locais (15h Brasília) desta segunda-feira, Eta já entrava no Golfo do México com ventos de 85 km/hora, embora sua rota em zigue-zague deva fazer uma curva para nordeste e atingir a Flórida pela segunda vez no norte ou no centro do estado no fim de semana.

Imagens de televisão mostraram algumas árvores caídas, canais transbordando e carros presos em ruas inundadas, especialmente no distrito financeiro de Brickell, no centro de Miami e nas cidades de Fort Lauderdale e Lauderhill.

O prefeito de Miami, Francis Suárez, relatou inundações de 2,2 pés (67 cm), enquanto o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) reportou que algumas áreas receberam até 16 polegadas (40 cm) de chuva.

Eta atingiu o território americano às 23h locais de domingo (1h de Brasília), em Lower Matecumbe Key, segundo o NHC, que registrou ventos de 100 km/, mas não retornou ao nível de furacão, como se esperava.

Ainda assim, durante a noite de domingo, dezenas de milhares de residências no sul da Flórida sofreram quedas de energia temporárias, de acordo com a empresa local Florida Power & Light.





O governador da Flórida, Ron De Santis, já havia declarado estado de emergência no sul do estado no sábado, enquanto seus habitantes celebravam ou protestavam na chuva, os resultados que deram a vitória ao democrata Joe Biden na eleição presidencial.

- Tragédia na Guatemala-

Antes do Eta atingir a Flórida, o Instituto de Meteorologia de Cuba (Insmet) informou que a tempestade havia deixado a ilha na manhã de domingo sem causar vítimas, depois de cruzá-la de sul a norte com ventos máximos de 95 quilômetros por hora e rajadas mais fortes.

Fortes chuvas foram relatadas durante todo o domingo na parte oriental de Cuba. Cerca de 74.000 pessoas foram evacuadas para locais seguros, 8.000 delas para abrigos montados pelas autoridades.

Mas uma reunião extraordinária do governo, chefiada pelo presidente Miguel Díaz-Canel, concluiu que "nenhuma perda de vidas ou danos significativos a casas foi relatado", segundo a imprensa estatal.





Eta atingiu a Nicarágua como um poderoso furacão de categoria 4 na terça-feira (3) e perdeu força ao atingir a costa como depressão tropical, mas causou chuvas torrenciais que deixaram mais de 250 vítimas, entre mortos e desaparecidos, na América Central e no sul do México.

O país mais afetado foi a Guatemala, com pelo menos 150 desaparecidos. Equipes de resgate e militares procuram desde sábado os corpos de moradores de uma aldeia indígena no norte do país que ficou sob a lama, após um deslizamento de terra.

No domingo, ao menos uma pessoa morreu quando um avião que transportava ajuda humanitária para as áreas afetadas pela passagem do Eta caiu na capital da Guatemala, informou a Aviação Civil.

Em Honduras, as fortes inundações nas regiões norte e noroeste deixaram 23 mortos, anunciaram as autoridades.

No México, no estado meridional de Chiapas, as chuvas torrenciais provocaram pelo menos 22 mortes e outras cinco no vizinho Tabasco.

Além disso, foram registradas 17 mortes no Panamá, duas na Nicarágua, duas na Costa Rica e uma em El Salvador, embora as autoridades continuem as buscas.

audima