O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, explicou que a decisão do órgão de suspender em 31 de dezembro as linhas de empréstimo emergencial criadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para apoiar a economia está baseada na própria lei que criou os dispositivos. "A lei é muito clara ao dizer que as medidas expiram em dezembro", disse Mnuchin em entrevista na rede de televisão CNBC, ressaltando que o governo de Donald Trump apenas seguiu o que ficou estabelecido.
Na manhã desta sexta-feira, o presidente da distrital de Chicago do Federal Reserve, Charles Evans, disse estar "decepcionado" com o Tesouro.
Em tentativa de tranquilizar os mercados americanos, que abriram pressionados pela decisão do Tesouro, Mnuchin garantiu que há ainda "muito mais" recursos para apoiar a economia americana caso necessário, incluindo US$ 800 bilhões do Fundo de Estabilização do Câmbio e US$ 130 bilhões que podem ser repassados a pequenos negócios. Ele ressalta, porém, que os setores mais afetados pela pandemia precisam de concessões para recuperação, e não mais empréstimos.
"Programas de apoio fiscal funcionaram muito bem, mas agora temos que mirar os setores da economia que estão fechando e os desempregados", disse Mnuchin. Segundo o secretário, haverá uma reunião ainda hoje entre ele, o chefe de Gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e o líder do partido Republicano no Senado americano, Mitch McConnell, para tratar de um novo pacote de estímulos fiscais para 2021.
"Vamos estabelecer um plano para nos reunirmos com a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi e o líder da Minoria no Senado, Chuck Schumer e tentar fechar um apoio direcionado às pessoas que realmente precisam. Esperamos que os democratas trabalhem conosco", disse Mnuchin, que também demonstrou otimismo com a possível aprovação de uma vacina contra o novo coronavírus em breve. "A condição financeira do país está em ótima forma, teremos distribuição em massa de vacinas", completou.
INTERNACIONAL