A morte na noite de quinta-feira de um homem negro após ser espancado por seguranças brancos de um supermercado do grupo Carrefour em Porto Alegre causou indignação no Dia da Consciência Negra, celebrado nesta sexta-feira (20).
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Os dois agressores foram presos. Um deles é policial militar em regime temporário e trabalha nesse supermercado no tempo livre.
Manifestações de protesto pela morte de João Alberto foram convocadas para as 16h00 de Brasília em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, para juntar-se aos atos já previstos no dia de hoje, que relembra a morte de Zumbi dos Palmares, último líder de uma rebelião de escravos no nordeste do país, assassinado em 1695 pelos colonos portugueses.
O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o assassinato "lamentável" foi obra de "uma segurança totalmente despreparada para a atividade" e negou que tenha sido um ato racista.
"Para mim, no Brasil, não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar aqui para o Brasil. Isso não existe aqui", disse no Palácio do Planalto.
O presidente Jair Bolsonaro não comentou o ocorrido até o momento.
Em um comunicado, a filial brasileira do grupo francês Carrefour lamentou a "morte brutal" de Silveira Freitas e garantiu que tomará as "medidas cabíveis para que os responsáveis sejam punidos legalmente".