Nos Estados Unidos, que ontem romperam pelo 11º dia consecutivo o recorde de novos casos da COVID-19, a Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês), órgão federal que regula alimentos e remédios, autorizou o uso emergencial do coquetel formado pelas substâncias casirivimab e imdevimab no tratamento contra a COVID-19. O coquetel, produzido pela farmacêutica Regeneron, foi dado ao presidente Donald Trump quando ele foi internado com a doença, no mês passado.
O uso das duas substâncias foi autorizado apenas para pacientes em estágio leve da doença. De acordo com a FDA, testes mostraram que os medicamentos evitaram a progressão da doença para um nível mais grave. Com o uso emergencial, feito enquanto os testes ainda estão em andamento, o órgão tenta evitar uma sobrecarga no sistema hospitalar americano em meio à aceleração da pandemia no país.
Na Ásia, o Japão também renovou recorde de casos, com 2.508 novas confirmações neste domingo. O governo local tem sido criticado pela demora em encerrar uma campanha de incentivo ao turismo doméstico e ao consumo em restaurantes, mesmo com os sinais de que as infecções estavam novamente em alta. Os incentivos foram paralisados, mas apenas após diversas viagens para o feriado de Ação de Graças terem sido realizadas.
Na Coreia do Sul, medidas mais duras de distanciamento social devem ser impostas na região da capital, Seul. Casas noturnas serão fechadas, jantares em restaurantes serão proibidos e a plateia em eventos esportivos será restrita a 10% da capacidade das instalações. Neste domingo, foram registrados 330 novos casos da doença, mantendo as novas confirmações acima de 300 pelo quinto dia seguido. A Coreia do Sul registra ao todo 30.733 infecções pela covid, e 505 mortes.
Aceleração também na Índia, que registrou 45.209 casos neste domingo, e 501 mortes, elevando o total de óbitos no país a 133.227. Ao menos três Estados indianos - Rajastão, Madhya Pradesh e Gutaraj - impuseram toque de recolher em diferentes cidades para conter a disseminação da doença.
Na vizinha China, autoridades conduzem um massivo programa de testagem após a notificação de três novos casos locais neste domingo, um deles em Xangai. Na região da Mongólia Interior, a cidade de Manzhouli, que registrou os outros dois casos, testará todos os moradores. As aulas foram suspensas, e locais públicos foram fechados. A China registrou outros 14 casos importados, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde.
Na Oceania, os Estados da Austrália do Sul e de Victoria, na Austrália, começam a reduzir as restrições ao contato social. O Estado de Victoria não registra novos casos da covid há 23 dias. Diante disso, o primeiro-ministro estadual, Daniel Andrews, anunciou mudanças na quarentena. O uso de máscaras em locais abertos, por exemplo, será exigido apenas em locais onde não for possível manter o distanciamento social. Além disso, reuniões domésticas de até 15 pessoas voltam a ser permitidas, e em locais abertos, até 50 pessoas poderão se reunir.
Em todo o mundo, já são 58.254.552 casos confirmados da doença, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. O número de mortes chega a 1.382.464. Em ambos os casos, Estados Unidos e Brasil são os dois países mais afetados pela pandemia.