Milhares de hondurenhos limpavam suas casas nesta segunda-feira(23) para remover a lama deixada pelas enchentes causadas pela passagem dos ciclones Iota e Eta nas últimas semanas, informaram autoridades.
O governo lançou a operação "Eles não estão sozinhos" e colocou 2.000 máquinas para ajudar a limpeza de casas e ruas que ficaram cobertas de lama e lixo devido ao transbordamento de rios e riachos, anunciou o coordenador da campanha, Mario Pineda.
As operações se concentraram principalmente no Vale do Sula, próximo a San Pedro Sula, 180 km ao norte de Tegucigalpa, que sofreu os maiores danos devido ao transbordamento dos poderosos rios Ulúa e Chamelecón.
O órgão de proteção civil (Copeco) informou que 89 mil pessoas ainda estão em abrigos.
Pineda anunciou que as vítimas serão contratadas para ajudar na limpeza com o pagamento de dez dólares por dia.
No entanto, várias áreas baixas do Vale do Sula ainda seguiam inundadas nesta segunda-feira, já que as chuvas continuam no oeste do país, onde nascem os rios Ulúa e Chamelecón, impedindo que muitas pessoas voltem para suas casas.
"Eles não estão sozinhos, vamos fazer o possível com a ajuda de Deus, vamos recuperar a dignidade das pessoas que perderam tudo", prometeu Pineda, que ocupa o cargo de ministro.
O governo também transferiu maquinários para 89 estradas onde a passagem foi interrompida por deslizamentos de terra e para reparar danos em 23 pontes.
O presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, anunciou que uma equipe técnica da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) avalia os prejuízos para pedir ajuda aos países cooperadores e aos bancos multilaterais.