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Estado de Minas

FMI melhora previsões para Equador e prevê novo desembolso de US$ 2 bilhões


23/11/2020 22:15

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou nesta segunda-feira as perspectivas econômicas para o Equador em 2020 e anunciou um novo desembolso de 2 bilhões de dólares, dentro do empréstimo acertado com o governo de Lenín Moreno para apoiar um plano de reformas no país andino.

O FMI aprovou em setembro um crédito a 27 meses para o Equador, dentro do Serviço Ampliado do Fundo (SAF), de 6,5 bilhões de dólares, dos quais já entregou 2 bilhões. Naquela ocasião, antecipava para este ano uma queda de 11% do PIB equatoriano.

Após uma missão técnica realizada remotamente entre os dias 28 de outubro e 20 de novembro, o Fundo indicou que dados preliminares apontavam "uma contração menos severa da atividade econômica. Projetamos, agora, que a economia encolherá 9,5% em 2020". Ainda assim, o FMI advertiu que o Equador enfrenta uma "incerteza significativa" em relação ao futuro da pandemia e aos preços mundiais do petróleo, seu principal produto de exportação.

A curto prazo, o Fundo destacou que as autoridades equatorianas prevêem implementar "reformas-chave" para melhorar a luta contra a corrupção e reforçar a autonomia do Banco Central. "Também trabalham em um projeto de alterações no Código Orgânico Monetário e Financeiro, que fortaleceriam as bases do regime de dolarização do Equador e protegeriam o poder aquisitivo de todas as famílias equatorianas." A economia do país foi dolarizada no ano 2000.

O SAF aprovado em setembro com o FMI complementa um convênio de 4,2 bilhões de dólares acertado em março de 2019 com o Fundo e cancelado em maio. Nesse primeiro acordo, o Equador recebeu 1,4 bilhão de dólares e, depois, devido à pandemia, obteve 643 milhões de dólares de assistência sob o mecanismo de emergência Instrumento de Financiamento Rápido (IFR).

Atingido pela Covid-19 e pelo colapso dos preços do petróleo, o Equador tem uma dívida de 58,7 bilhões de dólares, o que corresponde a cerca de 60% do seu PIB.


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