Governantes esquerdistas da América Latina despediram-se da lenda do futebol Diego Maradona - amigo incondicional de Fidel Castro, Hugo Chávez e Evo Morales -, que morreu nesta quarta-feira, de parada cardíaca.
"Recebemos um golpe muito grande contra a nossa vida, nossos sentimentos, um golpe destruidor: a partida do nosso querido irmão Diego Armando Maradona. É lastimável", declarou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que o classificou como "um grande rebelde".
"Foi leal à nossa causa, nunca nos escondeu, nunca nos negou", manifestou o presidente socialista, herdeiro político de Chávez, que morreu em 2013. Maradona foi convidado várias vezes a Caracas por Chávez (1999-2013) e considerava Fidel Castro, que também morreu num 25 de novembro, seu "segundo pai".
"A morte de Maradona nos atinge no dia 25 de novembro. Sua amizade com #Cuba e principalmente com Fidel, o tornou parte deste povo. O mundo chora pelo ser humano, pelo jogador de futebol, pelo amigo. Transmitimos nossas mais profundas condolências a seus parentes e ao povo argentino", disse o chanceler cubano Bruno Rodríguez no Twitter.
"Outro gigante nos deixa", disse o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, em um comunicado, comparando Maradona a Castro.
Ortega declarou-se "comovido" com a "notícia fatal" da morte de Maradona, a quem chamou de "Diego irreverente", "militante exaltado" e "irmão infinito dos povos do mundo".
Já o ex-presidente boliviano Evo Morales, que disputou um amistoso com Maradona em La Paz, a 3.600 m de altitude, lamentou a morte de seu "irmão".
"Com uma dor na alma, soube da morte de meu irmão, Diego Armando Maradona. Uma pessoa que sentiu e lutou pelos humildes, o melhor jogador de futebol do mundo", disse Morales em um tuíte.
O novo presidente boliviano, Luis Arce, também lamentou a morte da estrela argentina. "O mundo lamenta a sua perda irreparável", publicou no Twitter.