"As vacinas não significam zero covid. Vacinas e [campanhas de] vacinação não resolverão por si só o problema", explicou o diretor de Emergências da OMS, Michael Ryan, em entrevista coletiva por videoconferência.
"Nem todo mundo terá acesso às vacinas no início do ano que vem", afirmou.
O Reino Unido se tornou na quarta-feira, o primeiro país ocidental a aprovar o uso de uma vacina contra a pandemia.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, explicou que o progresso vivido nesse ano no campo das vacinas "nos dá tranquilidade, podemos começar a ver uma luz no fim do túnel".
"Mas a OMS está preocupada diante da crescente percepção de que a pandemia acabou", alertou.
"A verdade é que nesses momentos, muitos países estão sofrendo uma alta transmissão do vírus, o que impões uma enorme pressão nos hospitais, nos cuidados intensivos (UTIs) e aos profissionais da saúde", completou.
O mundo chegou aos 65 milhões de casos registrados nesta sexta-feira (4).
O novo coronavírus, que surgiu oficialmente na China há quase um ano, já matou mais de 1,5 milhões de pessoas.