O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, anunciou nesta terça-feira (8) uma nova proposta de ajuda de 916 bilhões de dólares, a fim de quebrar um impasse de meses de discussões no Congresso sobre a assistência adicional à economia, devastada pela pandemia.
Seu pacote, maior que o de US$ 908 bilhões apresentado por um grupo de senadores republicanos e democratas na semana passada, inclui "dinheiro para governos estaduais e locais e sólidas proteções de responsabilidade para empresas, escolas e universidades" afetadas pela crise do coronavírus, disse Mnuchin em um comunicado.
Todos esses elementos têm sido pontos-chave nas complexas negociações entre os legisladores democratas e republicanos.
Segundo Mnuchin, o plano foi levado nesta terça à presidente democrata da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, mas também foi analisado com o presidente em fim de mandato, Donald Trump, e o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell.
"Espero chegar a um acordo bipartidário para que possamos fornecer este alívio econômico a trabalhadores, famílias e empresas americanas", declarou o secretário do Tesouro.
Democratas e republicanos no Congresso, junto com o governo Trump, não conseguem chegar a um acordo sobre um projeto de lei para suceder o auxílio inicial da chamada Lei CARES - de 2,2 trilhões de dólares - aprovado no começo do ano para resgatar a economia dos EUA.
O pacote incluía empréstimos e subsídios para pequenas empresas, pagamentos de 1.200 dólares a todos os cidadãos americanos e uma expansão da rede de segurança contra o desemprego.
As medidas foram consideradas essenciais para preservar os empregos americanos em um momento em que o país luta contra o maior e mais trágico surto de coronavírus do mundo.
No entanto, grande parte dessa assistência já expirou, e a proposta de Mnuchin representa um dos últimos esforços para chegar a um acordo antes que o presidente eleito, o democrata Joe Biden, substitua Trump em janeiro, quando um Congresso com nova composição também vai entrar em cena.
O final do mês também está se aproximando e muitos desempregados deixarão de receber o auxílio da Lei CARES.