Jornal Estado de Minas

Promotoria russa pede 15 anos de prisão para historiador que esquartejou namorada

A Promotoria russa pediu nesta segunda-feira (14) 15 anos de prisão para o historiador Oleg Sokolov, julgado em São Petersburgo por ter assassinado e esquartejado sua namorada, um caso que retomou o debate sobre a violência de gênero na Rússia.

Sokolov, de 63 anos, professor de história na universidade estatal de São Petersburgo e especialista em Napoleão Bonaparte, foi preso em 10 de novembro de 2019.





A polícia encontrou o homem, embriagado, nas margens do rio Moika. Na mochila, levava dois braços de mulher e uma pistola de alarme.

Mais tarde, outros restos da vítima foram encontrados em outro rio.

O historiador está sendo julgado desde o início de junho por assassinato e posse de armas.

O indivíduo confessou rapidamente ter matado e desmembrado sua companheira e ex-aluna Anastasia Yeshchenko, de 24 anos.

Em uma audiência em meados de outubro, o historiador afirmou que matou a mulher acidentalmente, quando disparou para "acabar com uma chuva de insultos" em uma discussão, segundo a agência Ria Novosti.

Os advogados da defesa afirmaram nesta segunda-feira que Sokolov premeditou seu ato após uma discussão. Ele teria procurado na internet possíveis lugares para esconder o corpo, segundo eles.

A renomada universidade estatal de São Petersburgo já foi alvo de críticas por não agir quando Sokolov foi acusado em outra ocasião de atos violentos.

Este novo caso rapidamente gerou agitação na Rússia. Várias associações o consideram mais um exemplo do flagelo da agressão contra a mulher em um país que descriminalizou em 2017 a violência doméstica e conjugal na maioria dos casos.

audima