Após meses de negociações, os legisladores americanos aprovaram na noite de segunda-feira um auxílio de 900 bilhões de dólares, que inclui 15 bilhões para o setor de aviação e exige que as empresas recontratem funcionários em desemprego técnico, regularizem os salários e mantenham suas equipes até 31 de março de 2021.
A United Airlines, que demitiu 13 mil funcionários desde o início da pandemia, celebrou as novas medidas, mas avisou que a recontratação será temporária.
"Não esperamos que a demanda do consumidor mude drasticamente entre agora e o final do primeiro trimestre de 2021", disse o CEO da empresa, Scott Kirby e seu presidente, Brett Hart, em nota aos funcionários.
As companhias aéreas estão entre as empresas mais diretamente afetadas pelas consequências da pandemia, que foi mais um golpe para um setor que já não andava bem.
O tráfego aéreo dos EUA está operando atualmente a apenas 40% de seu ritmo do ano passado, de acordo com o Departamento de Transporte.
A presidente do Sindicato do Pessoal de Navegação (AFA), Sara Nelson, elogiou os recursos previstos para o setor no novo plano de estímulo, mas julgou que os comentários da United sobre a natureza temporária das recontratações foram "verdadeiramente inadequados", afirmou ela em entrevista à rede CNBC.
A American Airlines, que colocou 19 mil funcionários em desemprego técnico em outubro, indicou em um comunicado que os novos recursos "nos permitirão restituir os integrantes da equipe e restabelecer ligações aéreas com cidades importantes".
A Southwest havia ameaçado no início de dezembro demitir mais de 6.800 funcionários em março, ou abril, de 2021, o que seria a primeira vez para esta empresa sem cortes em 50 anos de existência.
Um porta-voz disse que a empresa foi "encorajada" pelas medidas do Congresso, mas não tinha "novas informações" sobre possíveis demissões em 2021 por enquanto.
NOVA YORK