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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: Vacinação na Europa recebe críticas por causa da lentidão

Frustração é grande, já que era esperado um alcance maior da imunização contra o novo coronavírus


04/01/2021 19:15 - atualizado 04/01/2021 20:09

Preocupada com o elevado número de casos, Escócia decretou mais um confinamento(foto: Andy Buchanan/AFP)
Preocupada com o elevado número de casos, Escócia decretou mais um confinamento (foto: Andy Buchanan/AFP)
A Inglaterra e a Escócia anunciaram um novo confinamento total nesta segunda-feira (4/1) diante de uma nova onda de infecções pelo novo coronavírus, enquanto a União Europeia enfrenta críticas pela lentidão em seu processo de aprovação da vacina.


O anúncio ocorre no mesmo dia em que o Reino Unido inicia uma campanha com 530 mil doses da vacina AstraZeneca em sua luta para controlar a alta de contágios que ameaça provocar o colapso do sistema de saúde pública.

"Temos que fazer mais, juntos, para pôr esta nova variante sob controle, enquanto distribuímos nossas vacinas", disse Johnson em uma mensagem breve e solene à nação, transmitida no horário de maior audiência da noite.

Muitos especialistas consideram que a vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford será um marco nas campanhas de imunização porque não exige temperaturas tão frias para o armazenamento como os fármacos da Pfizer-BioNTech e da Moderna.

Isso pode representar um acesso maior à vacina contra a COVID-19 nas regiões mais pobres do mundo, uma doença que já infectou quase 85 milhões de pessoas e provocou mais de 1,8 milhão de mortes, segundo os números oficiais.

Brian Pinker, um britânico aposentado de 82 anos, recebeu no Hospital Churchill da Universidade de Oxford a primeira das duas doses da vacina, informou o Serviço Nacional de Saúde (NHS).

"Estou muito feliz de receber esta vacina e muito orgulhoso que tenha sido desenvolvida em Oxford", afirmou, antes de destacar que foi "fácil".

 

Críticas à vacinação lenta 


No resto da Europa, os países da União Europeia começaram a imunizar a população em 27 de dezembro com a vacina da Pfizer-BioNTech, mas o avanço tem sido muito mais lento que nos Estados Unidos, Reino Unido e Israel.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta segunda que não não se pronunciará sobre a autorização da vacina da Moderna, enquanto a da AstraZeneca também aguarda aprovação.

As críticas foram particularmente intensas na França, onde em 1º de janeiro apenas 516 pessoas haviam recebido a primeira dose, em comparação com mais de 200 mil na Alemanha e mais de 85 mil na Itália, no mesmo período, além de cerca de 1 milhão no Reino Unido.

"Estamos diante de um escândalo de Estado", declarou Jean Rottner, membro do partido de oposição de direita Os Republicanos (LR), que exigiu que a vacinação fosse "acelerada" no país.

Filas para vacinação na China


Na China, milhares de pessoas formaram filas em Pequim para receber a vacina. As autoridades querem acelerar a campanha antes das viagens de fevereiro, por ocasião do Ano Novo lunar.

Somente na capital, mais de 73 mil pessoas receberam a primeira dose entre sexta-feira e domingo, informou a imprensa local.

Pequim administrou nos últimos meses 4,5 milhões de doses de vacinas em caráter de emergência, em grande parte não aprovadas oficialmente, a maioria em profissionais da saúde e funcionários estatais que trabalham no exterior, segundo as autoridades.

Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde rejeitaram as afirmações do presidente Donald Trump de que o número de mais de 350 mil mortos no país, o mais afetado do planeta, é exagerado.

A nação registra mais de 20 milhões de casos e a administração Trump, criticada por sua gestão da pandemia, começou a distribuir as vacinas da Pfizer e do laboratório Moderna.

Mas o número de 4,2 milhões de pessoas vacinas até o momento está muito abaixo das previsões oficiais, que apontavam 20 milhões até o Ano Novo.

Mais de 13 milhões de doses de vacinas foram distribuídas no país, mas os esforços para imunizar profissionais de saúde e pessoas vulneráveis esbarraram em problemas logísticos e clínicas e hospitais sobrecarregados.

"Houve algumas falhas, isso é compreensível", afirmou o principal assessor científico do governo, Anthony Fauci, alegando que é um desafio "começar um programa de vacinação em massa e iniciá-lo com o pé direito".

Vacinas de emergência na Índia


A Índia, que tem o segundo maior número de casos registrado no mundo de coronavírus, aprovou no domingo o uso emergencial de duas vacinas, o que abre o caminho para uma das campanhas de vacinação mais importantes do planeta.

O país do Sul da Ásia estabeleceu a meta ambiciosa de vacinar 300 milhões de seus 1,3 bilhão de habitantes até meados de 2021. As autoridades indianas aprovaram a o uso emergencial da vacina da AstraZeneca, assim como do fármaco desenvolvido pela empresa local Bharat Biotech.

Por sua vez, Israel, país com o ritmo mais acelerado de vacinação, anunciou no domingo que dois milhões de pessoas, quase 20% de sua população, receberão as duas doses da vacina até o fim de janeiro.

Enquanto isso, os confinamentos continuam sendo a única solução que os governos encontram para conter as sucessivas ondas da pandemia.

Além da Inglaterra e da Escócia, o Líbano anunciou nesta segunda um reconfinamento do país de quinta-feira até o final de janeiro, em consequência ao disparo das infecções pela COVID-19 durante os feriados de fim de ano e a saturação dos hospitais.


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