Makis Voridis fundou, em 1994, o partido extremista Frente Helênica, cujo slogan era "cartão vermelho para migrantes ilegais", até se unir, em 2005, ao Laos, outra sigla nacionalista.
Além dessa mudança, Sofia Voultepsi, ex-jornalista e deputada do partido conservador Nova Democracia desde 2004 e conhecida por suas posições populistas e por sua franqueza nos palanques televisivos, foi nomeada vice-ministra para a integração de refugiados.
Em 2014, durante um debate no canal de televisão Mega, Voultepsi declarou que os migrantes são "invasores desarmados".
Dentro do novo gabinete, Nicholas Yatromanolakis, de 44 anos, é o primeiro homem assumidamente homossexual a ser nomeado ministro na Grécia. Será o vice-ministro da Cultura Contemporânea.
Mitsotakis confirmou em seus postos os ministros que lideram a crise sanitária e suas consequências econômicas.
Ao ser questionado na televisão pública ERT sobre a mudança de gabinete, Nassos Iliopoulos, porta-voz do principal partido da oposição, Syriza (esquerda radical), respondeu que "nenhuma mudança no governo protegerá o sr. Mitsotakis".
"O governo tem uma responsabilidade clara pela tragédia que estamos sofrendo durante esta segunda onda [da pandemia], na qual, durante um confinamento de dois meses, morreram 4.331 compatriotas", acrescentou.
Esta é a segunda reorganização do governo de Kyriakos Mitsotakis, eleito em julho de 2019. Segundo vários analistas, essa reestruturação pode abrir caminho para a realização de eleições legislativas antecipadas.
Na última pesquisa, do instituto MRB, o partido conservador de Mitsotakis (Nova Democracia) mantém a liderança nas intenções de voto, com 38,1%, com folga sobre o Syriza (23,1%).
ATENAS