O Congresso dos Estados Unidos iniciou a sessão conjunta que certificará a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial realizada em novembro. Normalmente uma mera formalidade, o processo atrai atenções este ano porque um grupo de congressistas aliados do atual presidente, Donald Trump, decidiram obstruir o processo com alegações infundadas de fraude eleitoral.
Logo após o início da sessão, os aliados de Trump questionaram a certificação dos votos do Arizona. Quando há uma objeção, os congressistas realizam um debate que pode durar até duas horas. Por isso, é esperado que a sessão se estenda até a noite. Do lado de fora do Capitólio, apoiadores do líder da Casa Branca que realizam um protesto entraram em confronto com a polícia.
O vice-presidente americano, Mike Pence, que preside a sessão, declarou em carta enviada aos legisladores que não pode interferir no processo, depois de ter sido pressionado por Trump. "Considero que meu juramento de apoiar e defender a Constituição me impede de reivindicar autoridade unilateral para determinar quais votos eleitorais deve ser contados e quais não devem", escreveu Pence.
O republicano disse que compartilha das "preocupações de milhões de americanos sobre a integridade desta eleição". Ele afirmou que as objeções serão ouvidas, as evidências serão apresentadas, mas que "os representantes eleitos do povo americano tomarão sua decisão". Em discurso nesta quarta-feira, Trump disse que nunca admitirá a derrota para Biden.
Após o processo de certificação, Biden tomará posse no dia 20 de janeiro. O democrata conquistou 306 votos no Colégio Eleitoral, contra 232 de Trump.