Jornal Estado de Minas

TENTATIVA DE GOLPE

Apoiadores de Trump invadem o Congresso dos Estados Unidos; veja vídeos

 
Seguidores do presidente Donald Trump cercaram e invadiram o Congresso dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (6/1), no Centro de Washington. Eles se reuniram desde as primeiras horas do dia para fazer uma demonstração de força no dia em que o Parlamento confirmaria a derrota do candidato republicano para o democrata John Biden nas eleições de novembro. A sessão foi suspensa após a invasão.





A multidão invadiu o Capitólio e seguiu para o segundo andar, gerando um clima de insegurança muito grande. Circulou nas redes sociais um vídeo mostrando uma mulher baleada no pescoço. Senadores e deputados inicialmente se trancaram nos gabinetes à espera das forças de seguranças. Depois, o prédio foi evacuado. 


Um dos manifestantes se sentou na cadeira do presidente do Senado, cena que chocou os norte-americanos. 

Sem cumprir as diretrizes sanitárias, partidários do magnata republicano procedentes de todo país se aglomeraram sem máscara no metrô, em seu caminho rumo à capital, que voltou a proteger suas vitrines com barricadas, temendo distúrbios.

Os partidários do republicano disseram estar respondendo ao chamado de Trump para se manifesta hoje na capital. Depois da invasão, Trump veio a público pedir a seus apoiadores para que se "mantivessem pacíficos".




 
Trump discursou para os milhares de manifestantes e garantiu que não aceitará a vitória de Joe Biden. "Nós nunca vamos desistir, nunca vamos admitir", disse o presidente aos apoiadores no Ellipse, parque perto da Casa Branca. "Nós vamos parar com o roubo (das eleições)", insistiu.




Katherine Caldwell, de 61 anos, e seu marido chegaram do Oregon para apoiar Donald Trump nesta empreitada. "Roubaram a eleição, tenho total certeza disso, disse a mulher, usando um chapéu branco de coubói e agitando uma bandeira vermelha com a frase "Trump é meu presidente".

Outros presentes levavam cartazes, nos quais se liam os dizeres "Parem o roubo", o grito de guerra daqueles que estão convencidos de que a eleição de 3 de novembro foi fraudada, apesar das negativas dos tribunais e de autoridades eleitorais.





No mês passado, o presidente tuitou que seus seguidores deveriam se reunir em Washington, para o que prometeu que seria um dia de protestos "selvagens". Grande parte do centro da capital foi murado, com estabelecimentos comerciais fechados pela pandemia e pelos temores de que se repita a violência que abalou a cidade durante as marchas por justiça racial no ano passado.

Mais da metade dos eleitores republicanos acredita que Trump venceu a corrida à Presidência, ou não tem certeza de quem venceu, de acordo com pesquisa realizada em dezembro por pesquisadores das principais universidades americanas, incluindo a Harvard.



"Trump ganhou com folga. Há provas mais do que suficientes", acredita Matthew Woods, de 59, da Califórnia. Anthony Lima, também da Califórnia, disse que viajou para Washington porque queria ver o que estava acontecendo com seus próprios olhos.
 
"Muitas agências de notícias não nos dizem a verdade", criticou. "Estou aberto a acreditar que Joe Biden e Kamala Harris venceram a eleição. Só quero uma investigação", completou. 


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