"Posso anunciar que concluímos a negociação do primeiro lote da esperada vacina contra a pandemia no âmbito de um acordo com o laboratório Sinopharm, da China, para a compra de 38 milhões de doses", disse o presidente peruano Francisco Sagasti durante mensagem à nação.
"Acabamos de assinar um contrato de compra e compromisso de receber uma primeira remessa de um milhão de doses que chegará durante o mês de janeiro", acrescentou Sagasti sobre a vacina da Sinopharm.
Este é o primeiro acordo do governo com uma farmacêutica e ocorre quando as autoridades peruanas enfrentam críticas pelo atraso na compra de vacinas em um país que registra mais de um milhão de infecções e 38 mil mortes desde o início da pandemia, segundo dados oficiais.
O total de 52 milhões de doses permitiria vacinar cerca de 26 milhões de pessoas, já que cada uma deve receber duas doses. A população peruana gira em torno de 33 milhões de habitantes.
Sagasti indicou que o objetivo é imunizar entre 14 e 15 milhões de peruanos antes de que as temperaturas baixem com a chegada do inverno, no segundo semestre de 2021.
O presidente também anunciou a assinatura de um contrato com a AstraZeneca, que entregará 14 milhões de doses da vacina a partir de setembro, embora ações ainda estejam sendo tomadas para antecipar os embarques.
Em nenhum momento de sua mensagem Sagasti mencionou o custo ou os valores dos contratos.
O presidente ressaltou que o Peru concordou em melhor posição do que outros países à vacina chinesa por ter servido como laboratório de testes com mais de 6.000 pessoas no último trimestre de 2020.
A AstraZeneca também conduziu testes de sua vacina no país no final do ano passado.
O governo peruano decidiu no dia 18 de dezembro que a vacina será aplicada gratuitamente em toda a população.
LIMA