O Tribunal Distrital Central de Seul decidiu que o governo japonês deve pagar a cada uma das vítimas 100 milhões de won (91.000 dólares, 74.200 euros), informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
É o primeiro caso civil apresentado ao tribunal sul-coreano contra Tóquio pelas eufemisticamente chamadas de "mulheres de conforto" e que na verdade eram escravas sexuais das tropas japonesas.
De acordo com a maioria dos historiadores, até 200.000 mulheres, principalmente da Coreia, mas também de outros países asiáticos, incluindo a China, foram forçadas à prostituição em bordéis militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O Japão e a Coreia do Sul são dois aliados importantes dos Estados Unidos em uma região dominada pela China e que enfrenta a ameaça de uma Coreia do Norte com armas nucleares.
A relação entre os dois vizinhos, porém, são tensas devido a antigas disputas herdadas do período em que a península coreana era uma colônia japonesa (1910-1945).
O governo japonês nega ser o responsável direto pelos abusos cometidos durante a guerra, insistindo que as vítimas foram recrutadas por civis e que os bordéis militares foram explorados comercialmente.