"Temos, atualmente, acesso a 300 milhões de doses da vacina A boa notícia agora é que acertamos com para ampliar este contrato. Com o novo acordo, compraremos um total de até 300 milhões de doses a mais da vacina disse Von der Leyen, em entrevista coletiva.
A UE fechou um pedido firme de mais 200 milhões de doses da vacina fabricada pela aliança do laboratório americano Pfizer com o alemão BioNTech, com a opção de 100 milhões de doses adicionais, detalha a Comissão Europeia em um comunicado.
Essas novas doses começarão a chegar no segundo trimestre de 2021.
Com isso, a UE tem garantida a compra de até 600 milhões de doses dessa vacina autorizada em 21 de dezembro, no momento em que a lentidão das campanhas de vacinação nos Estados-Membros do bloco é bastante criticada.
No total, a UE fechou contratos com seis fabricantes de vacinas, além da com a sueco-americana AstraZeneca, a americana Johnson & Johnson, o duo anglo-francês a alemã CureVac e a americana Moderna.
As negociações continuam com a americana Novavax.
Apenas duas vacinas, as da e Moderna - que receberam sinal verde na quarta-feira (6) - estão atualmente autorizadas pela UE.
"Com essas duas vacinas autorizadas, já garantimos um número de doses que nos permite vacinar 380 milhões de europeus, mais de 80% da população, e outras vacinas se seguirão nas próximas semanas e meses", disse Von der Leyen.
O plano da UE permitirá - de maneira potencial - contar com "2,3 bilhões de doses de vacinas, o que é bem mais do que o necessário para vacinar o conjunto da população", completou.
A BioNTech pretende operar uma nova unidade fabril em Marburg (Alemanha) em fevereiro, capaz de fornecer 250 milhões de doses adicionais no primeiro semestre de 2021, disse o co-diretor da BioNTech, Ugur Sahin, à Spiegel em 1º de janeiro.
Esta unidade alemã irá reforçar a fábrica belga de Puurs, onde são produzidos os lotes destinados à UE.
A Comissão negocia contratos com os laboratórios, cabendo aos Estados, responsáveis pela logística, encomendá-los diretamente. As quantidades disponíveis para cada país são alocadas em proporção à sua população.
Enquanto Berlim buscaria, segundo a mídia alemã, encomendar vacinas fora do processo europeu, Ursula von der Leyen lembrou que essa possibilidade foi excluída por Bruxelas: "Há um arcabouço (da UE), e é legalmente vinculativo. Todos nós aceitamos que não haveria negociações paralelas, nem contratos paralelos", insistiu.
"A estrutura em que trabalhamos é uma estrutura vinculativa aos Vinte e Sete, que negociamos juntos", acrescentou.
Um porta-voz da Comissão já havia indicado na quarta-feira que "tanto quanto sabia", as doses adicionais que Berlim pretendia obter "faziam parte" das atuais negociações europeias.