"Anunciamos quinze acusações feitas pela justiça federal", disse Ken Kohl, do gabinete do procurador federal de Washington, em entrevista coletiva.
No entanto, Kohl acrescentou que nenhuma acusação de "incitamento" à violência ou "insurreição" é esperada, diante dos pedidos de ação legal contra o presidente Donald Trump, seu advogado Rudy Giuliani e outros.
Entre os acusados estão um que portava 11 coquetéis molotov em um veículo estacionado perto do Congresso, outro que derrubou um policial e outro que entrou com um revólver carregado, disse.
Richard Barnett, que entrou no gabinete da presidente da Câmara dos Representantes, onde posou para as câmeras e deixou mensagens ofensivas, foi preso no Arkansas e acusado de "invasão violenta", segundo Kohl.
Acusações como roubo de material de escritório foram adicionadas.
A maioria também foi acusada de invasão de edifícios restritos do Congresso e de conduta violenta ou desordenada.
Eles também foram acusados de impedir uma sessão do Congresso.
"A destruição ilegal do Capitólio foi um ataque a uma das maiores instituições de nosso país", disse o procurador em exercício do distrito de Columbia, Michael Sherwin, em nota.
Kohl observou ainda que "literalmente centenas de promotores e agentes estão trabalhando em três centros de comando 24 horas por dia, sete dias por semana" e que mais acusações e prisões são esperadas.
"Esta investigação tem prioridade total", disse ele.
Cerca de 40 pessoas foram detidas pela polícia de Washington, principalmente por violações ao toque de recolher, porte de armas e entrada ilegal.
Mas as acusações anunciadas por Kohl nesta sexta-feira têm hierarquia federal, o que pode resultar em sentenças mais duras.
Centenas de apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o Capitólio na quarta-feira enquanto os congressistas se preparavam para confirmar a vitória do democrata Joe Biden na eleição de novembro.