"A crise de saúde não reduziu as atividades ilegais dos piratas, mas pelo menos contribuiu para sua estabilidade", declarou o almirante Pierre Vandier, chefe do Estado-Maior do Exército francês, citado na avaliação.
A ONU estimou em novembro que o tráfego marítimo global diminuiria 4,1% em 2020 devido a interrupções ligadas à crise de saúde.
Em 2020, houve 375 atos de pirataria no mundo, contra 360 em 2019, de acordo com o relatório do Centro de Informação, Coordenação e Alerta, com sede na França.
Este número permanece bem abaixo dos máximos alcançados em 2011, no auge dos ataques na costa da Somália, com 669 ocorrências.
O Golfo da Guiné, com 114 eventos (111 em 2019), continua a ser a área mais perigosa do mundo e os atos de pirataria agora se estendem da costa de Gana à costa da Guiné Equatorial.
Um total de 142 marinheiros foram sequestrados nesta área em 2020 (146 em 2019) com um período médio de detenção de 30 dias.
Na América Latina, o número de atos de pirataria continua alto, com 109 atos em 2020, contra 135 em 2019, contra o comércio marítimo e a navegação, principalmente no Caribe.