"As políticas de imigração implementadas nos últimos anos ainda estão em vigor", disse em mensagem Edgar Ramírez, funcionário do Departamento de Segurança Interna da embaixada dos Estados Unidos no México.
Essas políticas incluem "restrições de passagem de fronteira, expulsões imediatas devido à covid-19 e protocolos de proteção ao migrante", acrescentou.
Ramírez acrescentou que seu governo está ciente de que existem "rumores" de que "as políticas de imigração (dos Estados Unidos) vão mudar em breve" e garantiu que "não há como isso acontecer tão cedo".
Os Protocolos de Proteção ao Migrante dos Estados Unidos estabelecem que os requerentes de asilo que chegam através de sua fronteira sul devem esperar em território mexicano pela resolução de seus casos, acrescentou a mensagem.
Cerca de 400 cubanos que aguardam o processo de asilo no México bloquearam por cerca de 8 horas entre 29 e 30 de dezembro uma ponte fronteiriça de Ciudad Juárez, exigindo que dessem seguimento aos pedidos nos Estados Unidos.
Cruzar ilegalmente a fronteira entre o México e os Estados Unidos de mais de 3.000 km representa "uma jornada mortal", continuou o diplomata.
Só em 2020, a Patrulha de Fronteira "recuperou mais de 250 corpos ao longo da fronteira" e, em 2021, duas pessoas já morreram "quando contrabandistas (de migrantes) abandonaram dezenas de migrantes em uma tempestade de neve no Texas", advertiu Ramírez.
Os migrantes que estão em cidades mexicanas na fronteira com os Estados Unidos comemoraram a vitória de Biden no dia 7 de novembro com a ilusão de que o democrata moderará as políticas de imigração.
Biden e o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, dialogaram por telefone em 19 de dezembro. O presidente eleito destacou a necessidade de promover o desenvolvimento do sul do México e da América Central como forma de evitar a migração, segundo o presidente mexicano.
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