A Indonésia iniciou a vacinação contra o novo coronavírus, após aprovar o uso emergencial da Coronavac no país. O presidente Joko Widodo recebeu a primeira dose do imunizante nesta quarta-feira. A vacina, desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech, é a mesma fabricada pelo Instituto Butantan no Brasil.
O programa de vacinação da Indonésia é o primeiro fora da China a usar a Coronavac em larga escala. O país já registrou mais de 846 mil casos do novo coronavírus, com mais de 24,6 mil mortes.
O uso condicional da vacina está programado para ser liberado nos próximos meses, com prioridade para os profissionais de saúde, funcionários públicos e outros grupos de risco. A imunização será gratuita para todos os cidadãos do país.
Leia Mais
'A vacina vai chegar', diz médica brasileira vacinada no Canadá; veja vídeoAnvisa decidirá uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford neste domingo'Coronavac é excelente e está pronta para ser usada', diz Dimas CovasA Indonésia recebeu o primeiro lote da Coronavac no dia 6 de dezembro e o guardou em armazéns resfriados cercados por guardas armados. Autoridades começaram a distribuir o imunizante para locais considerados chave ao redor do país enquanto aguardavam a autorização para uso.
BRASIL AINDA ESPERA
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fará reunião de diretoria colegiada no domingo (17/12) para decidir sobre pedidos de uso emergencial das vacinas Coronavac e de Oxford/AstraZeneca. "Para tanto, faz-se necessária a entrega, em tempo hábil para análise, dos documentos faltantes e complementares", afirma a agência, em nota.
A diretoria da Anvisa é formada por cinco diretores, sendo o médico e contra-almirante Antonio Barra Torres o presidente do órgão. A data da reunião será no penúltimo dia de prazo estimado pela própria agência para análise dos pedidos.
Segundo painel disponibilizado no site da Anvisa, o Instituto Butantan ainda não apresentou 5,47% dos documentos exigidos para o uso emergencial da Coronavac. Outros 37,64% da documentação ainda estão "pendente de complementação". Já 16,19% estão em análise e 40,7% dos documentos tiveram a avaliação concluída.
Já a Fiocruz apresentou todos os documentos exigidos para liberar o uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca. Um total de 14,44% da documentação ainda está "pendente de complementação". Outros 53,17% estão em análise e 32,39% dos documentos tiveram a avaliação concluída.
O governo federal afirma que, no melhor cenário, começará a vacinar em 20 de janeiro. Para isso, depende do aval da Anvisa.