"A cidade de Nova York não faz negócios com insurgentes. Estamos tomando medidas para rescindir os acordos" que confiavam ao grupo de Donald Trump a operação de um carrossel e duas pistas de gelo no Central Park, além de um clube de golfe no distrito do Bronx, explicou De Blasio em sua conta no Twitter.
Consultado na rede MSNBC, o prefeito disse que os advogados municipais concluíram que a cidade tem o direito de interromper esses acordos, que somam mais de 17 milhões de dólares: "Se uma empresa ou a direção de uma empresa participa em atividades criminosas, temos o direito de rescindir o contrato", declarou.
"Incitar a insurreição contra o governo dos Estados Unidos é claramente uma atividade criminosa", acrescentou o prefeito.
Desde os distúrbios de 6 de janeiro no Capitólio - a sede do Congresso em Washington - várias empresas e organizações, incluindo o Deutsche Bank, o principal banco usado pelo magnata republicano, anunciaram que cortariam seus laços ou se distanciariam de Donald Trump e sua corporação familiar, a Trump Organization, com sede na Tower Trump, na Quinta Avenida em Nova York.
Na década de 1980, enquanto Donald Trump, então um simples empresário nova-iorquino, estava em plena ascensão, sua empresa assumiu a administração de duas pistas de patinação no Central Park: a Wollman Rink, a mais turística, localizada ao sul do parque e que ficou fechada durante vários anos para obras no início dessa década, e a Lasker Rink, localizada mais ao norte e construída em 1966.
Donald Trump, que deve ceder o cargo ao democrata Joe Biden em 20 de janeiro depois de perder as eleições de novembro, tinha muito orgulho dessas instalações e as citava regularmente como prova de seu talento como empresário imobiliário.
A violenta invasão do Capitólio por partidários de Trump aconteceu depois de repetidas afirmações e do apelo do presidente para protestar contra a certificação da vitória de Biden nas eleições, julgada sem evidências como "fraudulenta".