"De 1º de janeiro até agora, o número de casos (confirmados) triplicou", alertou o reitor da Faculdade de Medicina do Peru, Miguel Palacios, nesta quinta-feira ao canal N de televisão.
O aumento das infecções ocorreu principalmente entre os dias 5 e 7 de janeiro e isso se deve ao fato de se tratarem de pessoas que contraíram o vírus durante as férias de Natal de 24 e 25 de dezembro.
De acordo com dados das autoridades de saúde, entre 1º e 2 de janeiro houve 900 novos casos confirmados de covid-19 e entre os dias 12 e 13, o número disparou para 2.932 infecções.
O governo admitiu esta semana que o país passa por uma segunda onda e vai implementar uma série de medidas a partir desta sexta-feira para reforçar algumas restrições vigentes desde o início da pandemia, em março.
A confirmação de pelo menos um caso de infecção com a cepa britânica despertou o temor das autoridades de um novo surto.
Uma possível quarentena não está descartada, mas não seria aplicada em nível nacional, como aconteceu em 2020 quando surgiu a pandemia, o que causou uma forte recessão econômica no país.
As novas medidas, que entrarão em vigor entre os dias 15 e 31 de janeiro, consistem também numa nova redução da capacidade dos estabelecimentos comerciais, proibição de ir às praias e imobilidade total aos domingos em algumas regiões do país.
O Peru registra pouco mais de um milhão de infecções e beira 39.000 mortes em 10 meses de pandemia.