"Não temos leis contra o terrorismo doméstico comparáveis às que temos contra o terrorismo internacional", lamentou John Miller durante uma coletiva de imprensa.
Até agora, disse ele, "os americanos têm sido muito relutantes ... em interromper as atividades protegidas pela Constituição. Mas acho que precisamos reexaminar essa questão para grupos que operam nos Estados Unidos ... com a ideia de derrubar um governo pela violência".
"Não deve haver uma longa lista de estatutos federais que temos de examinar para descobrir qual deles se enquadra em um crime individual. Deve haver um estatuto abrangente que cubra as organizações terroristas domésticas", argumentou Miller.
"Aqueles que pensaram que não era uma boa ideia há duas semanas, provavelmente deveriam refletir novamente agora", acrescentou.
Para lutar contra as ameaças da Al Qaeda ou do grupo do Estado Islâmico, classificado como "organização terrorista estrangeira", a lei dos Estados Unidos autoriza a aplicação da lei a processar qualquer pessoa que lhes forneça o mínimo de apoio material.
Um americano pode, portanto, ser processado se argumentar em um fórum de grupo do Estado Islâmico, mas não se interagir com um grupo neonazista localizado nos Estados Unidos, mesmo que um arsenal esteja sendo construído.
Analistas consultados recentemente pela AFP enfatizaram que os Estados Unidos estão menos armados diante das ameaças de violência da extrema direita do que diante dos jihadistas.
NOVA YORK