A metáfora se refere a uma expressão chinesa que zomba de um louva-a-deus que tenta parar um tanque com as patas.
Pompeo dedicou seus últimos dias no cargo a adotar medidas contra Pequim.
Na sexta-feira (15), os Estados Unidos impuseram sanções a seis autoridades chinesas e de Hong Kong, incluindo o único representante da ex-colônia britânica no comitê permanente do Parlamento chinês.
As sanções são uma resposta à recente prisão, no âmbito da Lei de Segurança Nacional, de 55 ativistas pró-democracia e de ex-funcionários eleitos.
"A evolução de Hong Kong do caos para a estabilidade é irreversível", disse o Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau em Pequim nesta segunda-feira.
"Pessoas como Pompeo não são nada além de louva-a-deus ridículos tentando, em vão, deter o curso da história", acrescentou.
O escritório, que classifica as sanções americanas de "truco político", que se usa "quando todos os outros trucos se esgotaram", pediu a Pompeo que "pare o show" - em alusão ao fim do governo do presidente Donald Trump na quarta-feira.
No sábado, o Executivo de Hong Kong chamou as sanções de "insensatas, sem vergonha e desprezíveis", manifestou "sua máxima ira" e denunciou as "medidas coercitivas" como uma última tentativa de Washington de intervir nos assuntos internos da China.
Hong Kong foi abalada em 2019 por sete meses de enormes e muitas vezes violentos protestos pró-democracia.
A China encerrou o movimento, impondo uma draconiana lei de Segurança Nacional no ano passado.
Pelo menos 90 pessoas foram detidas em virtude desta legislação, enquanto muitas outras são acusadas de participarem de manifestações.