Jornal Estado de Minas

HONG KONG

China compara Pompeo a 'ridículo' louva-a-deus

A China comparou nesta segunda-feira (18) o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, a um "louva-a-deus", depois do anúncio de novas sanções de por parte de Washington a autoridades chinesas e de Hong Kong, devido à repressão maciça contra ativistas pró-democracia no território semiautônomo.



A metáfora se refere a uma expressão chinesa que zomba de um louva-a-deus que tenta parar um tanque com as patas.

Pompeo dedicou seus últimos dias no cargo a adotar medidas contra Pequim.

Na sexta-feira (15), os Estados Unidos impuseram sanções a seis autoridades chinesas e de Hong Kong, incluindo o único representante da ex-colônia britânica no comitê permanente do Parlamento chinês.

As sanções são uma resposta à recente prisão, no âmbito da Lei de Segurança Nacional, de 55 ativistas pró-democracia e de ex-funcionários eleitos.

"A evolução de Hong Kong do caos para a estabilidade é irreversível", disse o Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau em Pequim nesta segunda-feira.

"Pessoas como Pompeo não são nada além de louva-a-deus ridículos tentando, em vão, deter o curso da história", acrescentou.

O escritório, que classifica as sanções americanas de "truco político", que se usa "quando todos os outros trucos se esgotaram", pediu a Pompeo que "pare o show" - em alusão ao fim do governo do presidente Donald Trump na quarta-feira.

No sábado, o Executivo de Hong Kong chamou as sanções de "insensatas, sem vergonha e desprezíveis", manifestou "sua máxima ira" e denunciou as "medidas coercitivas" como uma última tentativa de Washington de intervir nos assuntos internos da China.

Hong Kong foi abalada em 2019 por sete meses de enormes e muitas vezes violentos protestos pró-democracia.

A China encerrou o movimento, impondo uma draconiana lei de Segurança Nacional no ano passado.

Pelo menos 90 pessoas foram detidas em virtude desta legislação, enquanto muitas outras são acusadas de participarem de manifestações.



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