Amanda Gorman, de 22 anos, ficou conhecida mundialmente ao participar da cerimônia de posse do presidente americano Joe Biden, na tarde desta quarta-feira (20/1). Além disso, ela entrou para a história norte-americana, sendo a mais jovem escritora a recitar um poema durante o evento de posse de um presidente dos Estados Unidos. Amanda leu o poema 'A colina que nós subimos'.
O texto fala sobre a divisão que tomou conta do país e aborda também a invasão ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, no dia 6 de janeiro. Ele também pede a união da nação.
A jovem não foi escolhida por acaso. Em 2017, leu outro poema de sua autoria, chamado "In This Place: An American Lyric", na Biblioteca do Congresso. Ela acabou chamando a atenção de Jill Biden, atual primeira-dama do país, que entrou em contato com Amanda no mês passado. A esposa de Biden pediu que a jovem escrevesse um poema original para o juramento da cerimônia de posse do marido.
Poeta, socióloga e ativista
Nascida em Los Angeles, em 1998, Gorman começou a se interessar por poesia ainda na infância. Filha de uma professora de ensino médio, seus primeiros trabalhos foram publicados em jornais quando era pequena.
A jovem escritora é conhecida por seu ativismo social, se formou em sociologia na Universidade Harvard, colabora com o jornal "The New York Times" e já escreveu para revistas.
Também costuma apresentar seu trabalho em programas de TV e eventos na Biblioteca do Congresso e no Lincoln Center. Na plateia de suas apresentações, já passaram artistas e políticos, como Al Gore, Hillary Clinton e a também ativista Malala Yousafzai.
Em 2017, ela se tornou a primeira poeta juvenil premiada nos Estados Unidos. Seu primeiro livro, "The One for Whom Food Is Not Enough", foi publicado em 2015.
Neste ano, ela ainda tem dois lançamentos marcados: o livro de poemas “The Hill We Climb", com a poesia lida durante a posse, e o livro ilustrado "Change Sings".
Confira alguns trechos do poema:
"Embora a democracia possa ser periodicamente adiada, nunca pode ser derrotada permanentemente."
“Essa é a era da justiça e da redenção”
“Como poderia a catástrofe, no fim, prevalecer sobre nós?”
"Levantemos nosso olhar para além do que está a nossa frente..."
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira