O jovem foi detido na cidade de Savona (nordeste) por ter "fundado junto com outros jovens de sua idade a organização chamada 'Nova Ordem Social', de inspiração nacional-socialista, cujo objetivo era recrutar outros voluntários e planejar ações extremistas e violentas", disse a mesma fonte.
Através das redes sociais, o suspeito, apaixonado e especialista em armas e objetos militares, entrou em contato com outras pessoas com as mesmas orientações ideológicas.
O jovem colaborou na redação e divulgação na internet de material neonazista e antissemita, no qual pede abertamente uma revolução violenta contra o "Estado controlado pelos sionistas", assim como a eliminação física dos judeus.
Sua ação "é inspirada no grupo supremacista americano AtomWaffen Division e nas Waffen-SS nazistas", destacaram as autoridades, que descobriram que ele participou de grupos de discussão destinados à propaganda e à incitação da violência.
Entre os objetivos estavam ações terroristas inspiradas na supremacia, como as realizadas em Utoya, Noruega, em 2011 e em Christchurch, na Nova Zelândia, em 2019.
A polícia também realizou buscas nas casas de outros doze suspeitos em várias cidades da península, em particular em Turín (noroeste), Cagliari (Cerdenha, sul), Perugia (Umbría, centro), Bolônia (norte) e Palermo, a capital de Sicília (sul).
A maioria dos grupos italianos de extrema direita, principalmente os mais violentos, tem raízes que remontam à ditadura fascista de Benito Mussolini (1922-1943).
Em 2018, um simpatizante neonazista disparou contra uma dezena de migrantes africanos em Macerata (centro), deixando seis feridos, em um ataque xenófobo que despertou o fantasma do racismo na Itália.
ROMA