![O presidente reeleito de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu mais de 60% dos votos válidos. Abstenção foi de 61,6%(foto: Carlos Costa/AFP) O presidente reeleito de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu mais de 60% dos votos válidos. Abstenção foi de 61,6%(foto: Carlos Costa/AFP)](https://i.em.com.br/X25Ay71Rknt7ryE-H889J9fi7H0=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/01/24/1231938/20210124203431985314i.png)
O Partido Socialista do primeiro-ministro Antônio Costa, no poder, não apresentou candidato oficial. Ana Gomes, candidata socialista que foi eurodeputada e não teve apoio do partido, ficou em segundo lugar, com 12,5%. Em terceiro apareceu o candidato André Ventura, de extrema direita, que obteve 11,9% para seu movimento 'chega'.
Embora as medidas de confinamento estejam em vigor devido à pandemia do coronavírus, viagens foram permitidas para votação.
Rebelo de Sousa, professor de direito e ex-líder do partido de centro-direita PSD, tornou-se popular como comentarista político na televisão antes de sua primeira eleição em 2016. Nas últimas décadas, os presidentes portugueses têm cumprido dois mandatos - a última vez que houve segundo turno foi em 1986.
Em Portugal, o primeiro-ministro e o seu governo definem a política. Com mandatos de cinco anos, o presidente exerce um cargo relativamente decorativo, mas tem autoridades como nomear o primeiro-ministro e dissolver o Parlamento.
As eleições deste domingo serviram para medir a temperatura do país em relação à extrema direita, cujo candidato André Ventura queria "esmagar a esquerda". O jurista de 38 anos causou surpresa ao conquistar uma cadeira no Parlamento nas eleições legislativas de 2019, quando atingiu 1,3% dos votos.
O país de 10 milhões de habitantes passa por um grave surto de pandemia após o Natal, com a maior média de novos casos e mortes per capita em sete dias, de acordo com o rastreador de dados da Universidade de Oxford.
O número de mortes por COVID-19 bateu recordes pelo sétimo dia consecutivo neste domingo - 275 - com hospitalizações também em recorde e ambulâncias em fila de espera durante várias horas nos hospitais de Lisboa lotados. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS