Quase 43 mil pessoas sucumbiram à covid-19 em Nova York, mais do que qualquer outro estado americano. Autoridades de Nova York afirmam que cerca de 8.500 deles eram idosos em casas de repouso.
Porém, em um relatório de 76 páginas, a procuradora-geral Letitia James disse ter encontrado grandes discrepâncias entre as mortes relatadas a seus investigadores e os números divulgados pelo governo de Andrew Cuomo.
"À medida que a pandemia e nossas investigações continuam, é imperativo que entendamos por que os residentes de asilos em Nova York sofreram desnecessariamente em um ritmo tão alarmante", declarou.
A questão das mortes em casas de repouso tem sido dolorosa para Cuomo, que tem sido amplamente elogiado por sua forma de lidar com a crise do coronavírus.
Ele foi criticado por ordenar que esses estabelecimentos recebessem pacientes com resultado positivo para covid-19 no início do surto em março de 2020.
Seu Departamento de Saúde nega que a ordem tenha feito o vírus se espalhar rapidamente nas casas, culpando, em vez disso, funcionários que não sabiam que estavam infectados.
James diz que uma instituição não identificada informou 11 mortes para o Departamento de Saúde, mas 40 para seus investigadores.
A subnotificação se deve em parte ao estado contabilizar apenas os residentes que morreram em suas casas de repouso, não aqueles que foram transferidos para um hospital e morreram lá.