Policiais, militares, bombeiros e trabalhadores da saúde foram mobilizados para ajudar a evacuar os pacientes do interior para um estacionamento ou área segura fora do hospital, com as medidas sanitárias adequadas devido à pandemia do coronavírus.
Enquanto os bombeiros entravam no recinto carregados de mangueiras e equipamentos especiais, os trabalhadores da saúde saíam carregando macas com pacientes, muitos deles em estado crítico, pois o hospital é especializado em situações médicas de alta complexidade.
O ministro da Saúde, Enrique Paris, disse em entrevista coletiva que quatro hospitais da capital se ofereceram para receber os pacientes do San Borja.
"Pacientes com coronavírus serão transferidos com muito mais cuidado. Eles têm que ser retirados do ventilador mecânico, desconectados das bombas de infusão e monitores, transferidos para uma maca especial com monitor e ventilação portátil e transferidos em ambulâncias mais complexas", afirmou o titular da pasta.
A emergência afetou o quarto andar do recinto, "onde estão as caldeiras", informou o Escritório Nacional de Emergências em seu site.
Até 40 caminhões de bombeiros chegaram ao local para combater as chamas, que causaram uma densa coluna de fumaça, visível de vários pontos da capital chilena.
Mais de 150 bombeiros voluntários tentavam apagar o fogo ainda ativo e descontrolado, que coincide com um momento de ressurgimento da pandemia de covid-19 no Chile, onde grande parte do sistema de saúde está funcionando em sua capacidade máxima.
O coronavírus deixou mais de 4.000 novas infecções por dia durante um mês e, devido ao aumento das infecções, vários pacientes chegaram ao hospital San Borja de outras regiões para aliviar o fardo suportado pelos hospitais em certas cidades do Chile.
SANTIAGO