Em mensagem no Twitter, a autoridade sanitária confirmou a "presença da cepa P1 da COVID-19 do Brasil" em "uma mulher de 24 anos, com dupla nacionalidade, que ficou isolada em casa e já se recuperou".
A paciente chegou da cidade brasileira de Tabatinga (centro) e foi tratada em Leticia, capital do Amazonas colombiano, acrescentou o ministério.
O presidente da Colômbia, Iván Duque, suspendeu na quarta-feira os voos com o gigante sul-americano e, um dia depois, fez o mesmo com as conexões aéreas internas para o departamento colombiano do Amazonas.
Para evitar a disseminação dessa nova cepa, provavelmente mais contagiosa, a Colômbia seguiu os passos de Portugal, Turquia, Marrocos, Peru, Alemanha e França nas restrições de viagens com o Brasil.
Com maioria indígena, despovoado e pobre, o departamento do Amazonas foi um dos mais afetados pelo primeiro pico da pandemia. Um estudo estadual conduzido em setembro de 2020 descobriu que 59% de seus 66.000 residentes desenvolveram anticorpos contra o vírus.
Líderes da Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) denunciaram na quarta a inação dos governos dos nove países que compõem a região diante da nova onda da covid-19.
A Colômbia fechou as fronteiras terrestres e fluviais com o Brasil em 16 de março. Em 21 de dezembro, o governo também suspendeu os voos de e para o Reino Unido para evitar a propagação de outra variante da covid-19.
Diversas variantes detectadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil vêm preocupando a comunidade internacional há algumas semanas, que se questiona principalmente sobre seu nível de infecção e a eficácia das vacinas contra elas.
Desde o início de 2021, a Colômbia registra uma alta nos casos e mortes por coronavírus. A quarta maior economia da América Latina detectou o primeiro caso de covid-19 em março de 2020 e soma mais de dois milhões de infecções e 53.200 mortes.
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