A morte na terça-feira de Moore, que emocionou todo o país durante o primeiro confinamento e recentemente havia testado positivo para covid-19, provocou uma série de homenagens, da rainha Elizabeth II até a Casa Branca e a ONU.
Nesta quarta-feira, os deputados britânicos respeitaram um minuto de silêncio na Câmara dos Comuns e Johnson pediu à população que aplaudisse o "capitão Tom e todos os profissionais da saúde para os quais arrecadou recursos" às 18h00 (15H00 de Brasília).
Moore "dedicou sua vida a servir o seu país e os demais", afirmou o primeiro-ministro, que elogiou sua "longa vida bem vivida".
Este veterano da Segunda Guerra Mundial, que estava perto de completar 100 anos quando o Reino Unido entrou em seu primeiro confinamento, em março do ano passado, estabeleceu em um primeiro momento o objetivo modesto de arrecadar 1.000 libras para ajudar o Serviço Nacional de Saúde (NHS).
Para alcançar a meta, ele se comprometeu a percorrer 100 vezes os 25 metros de seu jardim antes de completar 100 anos.
As imagens do idoso de terno e gravata, inclinado sobre seu andador, emocionaram o mundo, as doações se multiplicaram e o veterano arrecadou 33 milhões de libras (42 milhões de dólares no câmbio da época), um recorde individual para uma causa beneficente.
Sua façanha emocionou o país e Moore virou uma celebridade: recebeu honras militares e dezenas de milhares de felicitações em seu aniversário de 100 anos, gravou uma canção que virou sucesso e foi nomeado cavaleiro pela rainha.
Após o anúncio de sua morte, dezenas de ramos de flores foram depositados diante de sua casa em Bedforshire, ao norte de Londres.
"O primeiro confinamento foi muito difícil para todos, mas ele elevou a nossa moral, nos encorajou a conversar entre nós e nos deu um tema de conversa. O confinamento não foi ótimo, mas ele o tornou especial", disse à AFP uma vizinha, Lucy Handley.
LONDRES