Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Legisladores pedem que Trump testemunhe em julgamento político no Senado dos EUA

Os legisladores que atuarão como promotores no julgamento no Senado dos Estados Unidos contra o ex-presidente Donald Trump pediram a ele, nesta quinta-feira (4), que testemunhe no processo sobre as acusações de incitar seus apoiadores a invadir o Capitólio.



"Escrevo para convidá-lo a nos entregar um testemunho sob juramento, seja antes ou durante o processo no Senado, em relação à sua conduta em 6 de janeiro de 2021", disse o congressista democrata Jamie Raskin, que lidera a delegação da Câmara de Representantes que apresentará as acusações ao Senado.

O processo contra o ex-presidente republicano acusado de "incitamento à insurreição" começa no dia 9 de fevereiro na Câmara Alta, depois que a Câmara dos Representantes aprovou em 13 de janeiro submetê-lo a um segundo processo de "impeachment", este último com o objetivo de sua desabilitação para as eleições de 2024.

Raskin fez este pedido depois que os advogados de Trump, por escrito, negaram as acusações de que o então presidente encorajou o ataque violento que deixou cinco pessoas mortas no Capitólio.

"Desta forma, você tentou questionar fatos críticos, apesar das evidências claras e esmagadoras de seus crimes constitucionais", disse Raskin.



O congressista propôs que o ex-presidente testemunhasse e fosse questionado entre 8 e 11 de fevereiro em "data e local de conveniência mútua".

Raskin acrescentou que Trump tem poucas desculpas para evitar o depoimento, já que não pode usar o argumento de que está muito ocupado governando, como fez no processo contra ele quando ainda era presidente em 2020. "

Portanto, antecipamos sua disponibilidade para testemunhar", disse ele.

Se Trump, que agora mora na Flórida, se recusar, o congressista o avisou que os promotores poderiam citar essa atitude como prova de sua culpa.

Na carta, Raskin deu a ele até sexta-feira às 17h para responder.

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