"Escrevo para convidá-lo a nos entregar um testemunho sob juramento, seja antes ou durante o processo no Senado, em relação à sua conduta em 6 de janeiro de 2021", disse o congressista democrata Jamie Raskin, que lidera a delegação da Câmara de Representantes que apresentará as acusações ao Senado.
O processo contra o ex-presidente republicano acusado de "incitamento à insurreição" começa no dia 9 de fevereiro na Câmara Alta, depois que a Câmara dos Representantes aprovou em 13 de janeiro submetê-lo a um segundo processo de "impeachment", este último com o objetivo de sua desabilitação para as eleições de 2024.
Raskin fez este pedido depois que os advogados de Trump, por escrito, negaram as acusações de que o então presidente encorajou o ataque violento que deixou cinco pessoas mortas no Capitólio.
"Desta forma, você tentou questionar fatos críticos, apesar das evidências claras e esmagadoras de seus crimes constitucionais", disse Raskin.
O congressista propôs que o ex-presidente testemunhasse e fosse questionado entre 8 e 11 de fevereiro em "data e local de conveniência mútua".
Raskin acrescentou que Trump tem poucas desculpas para evitar o depoimento, já que não pode usar o argumento de que está muito ocupado governando, como fez no processo contra ele quando ainda era presidente em 2020. "
Portanto, antecipamos sua disponibilidade para testemunhar", disse ele.
Se Trump, que agora mora na Flórida, se recusar, o congressista o avisou que os promotores poderiam citar essa atitude como prova de sua culpa.
Na carta, Raskin deu a ele até sexta-feira às 17h para responder.
WASHINGTON