O Conselho Superior Judicial do Haiti determinou o fim do mandato do presidente Jovenel Moïse, que afirma, no entanto, que permanecerá mais um ano no poder.
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Internet é restaurada em Mianmar enquanto protestos ganham forçaEquador: candidato de esquerda lidera pesquisas em eleição presidencialEUA: conheça os participantes que vão julgar o impeachment de TrumpMoïse, no entanto, não reconheceu a resolução e rebateu no Twitter os questionamentos a sua legitimidade, ao mesmo tempo que repetiu o desejo de reformar profundamente a vida política do país.
"Minha administração recebeu do povo haitiano um mandato constitucional de 60 meses. Esgotamos 48 deles. Os próximos 12 meses serão dedicados à reforma do setor energia, realização do referendo e organização das eleições", tuitou Moïse.
No contexto de grande incerteza política, as ruas da capital estavam desertas nas primeiras horas de domingo, mas sons de tiro foram ouvidos no centro de Porto Príncipe.
No Haiti, o mandato presidencial dura cinco anos e começa no dia 7 de fevereiro seguinte às eleições. Em 7 de fevereiro 1986 acabaram as três décadas da ditadura dos Duvalier.
As eleições de outubro de 2015 terminaram com a vitória Moïse no primeiro turno, mas a votação foi anulada após denúncias de fraude.
Declarado vencedor na eleição organizada um ano depois, Moïse assumiu o cargo finalmente em 7 de fevereiro de 2017.
Após a disputa eleitoral, os protestos da oposição para exigir sua renúncia aumentaram nas principais cidades do país em 2018.
Nos últimos anos, a sociedade civil fez campanha contra a corrupção e a insegurança, com a proliferação de gangues em todo o país.