Indivíduos armados abriram fogo no centro de Cabul contra um veículo que transportava funcionários do ministério de Reabilitação e Desenvolvimento rural, disse Ferdaws Faramarz, porta-voz da polícia da capital.
Em um ataque separado, o motorista de um veículo do ministério das Relações Exteriores morreu com a explosão de uma bomba em Cabul, acrescentou Faramarz.
Nenhum dos dois ataques foi reivindicado até o momento.
Os assassinatos que têm como alvo jornalistas, personalidades políticas e defensores dos direitos humanos se tornaram uma prática frequente no Afeganistão, principalmente na capital Cabul, nos últimos meses.
Embora a organização jihadista Estado Islâmico (EI) tenha reivindicado alguns desses ataques, que espalham o terror e o caos, o governo afegão e Estados Unidos atribuem a maioria deles aos talibãs.
Nesta terça-feira à tarde, os serviços de inteligência afegãos (NDS) declararam ter detido em Cabul seis membros de uma "célula terrorista" conjunta do EI e da rede Haqqani, um grupo sanguinário vinculado aos talibãs.
"Os talibãs, Dáesh (acrônimo em árabe do EI) e a rede Haqqani colaboram para realizar atentados com bombas e assassinatos", diz o NDS em nota.
Desde setembro estão em andamento negociações de paz em Doha entre os insurgentes e o governo afegão para tentar encerrar duas décadas de guerra, mas até agora não há progressos importantes nas negociações.
O aumento da violência no Afeganistão fez o novo governo americano de Joe Biden anunciar que vai analisar novamente o acordo assinado em fevereiro de 2020 em Doha com os talibãs, que prevê a retirada total das tropas americanas até maio.