Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Máscaras duplas ou apertadas reforçam proteção contra COVID-19, diz estudo


Usar duas máscaras sobrepostas ou uma máscara cirúrgica justa oferece proteção aprimorada contra a propagação do coronavírus pelo ar, de acordo com um estudo das autoridades de saúde dos EUA publicado na quarta-feira (10/2).



A máscara reduz significativamente a exalação de pequenas gotículas por pessoas infectadas e reduz a exposição a essas partículas para pessoas não contaminadas, lembra o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) neste estudo.


Mas as de pano e as máscaras cirúrgicas tendem a ficar mais soltas do que a KN95 (ou FFP2), aumentando o risco de escape de ar pelas laterais.

Em janeiro, o CDC realizou simulações de laboratório para testar a redução de vazamentos com uma máscara de tecido sobreposta a uma máscara cirúrgica e, em seguida, uma máscara cirúrgica com elásticos amarrados perto das bordas que se dobravam para dentro.



Enquanto a máscara sem nós e a máscara de tecido bloquearam apenas 42% e 44,3%, respectivamente dos aerossóis expelidos pela tosse, a combinação de ambas aumentou a proporção para 92,5%.

Em outro experimento, verificou-se que a exposição a uma pessoa infectada que não usa máscara é reduzida em 83% com uma máscara dupla e em 64,5% com uma máscara facial ou de plástico, ou com um protetor de nylon sobre uma máscara cirúrgica.

"Isso significa que essas máscaras funcionam e que funcionam melhor quando são ajustadas e usadas corretamente", afirmou Rochelle Walensky, diretora do CDC, durante uma coletiva de imprensa.

O CDC atualizará suas informações públicas sobre máscaras com essas novas opções.

Em um momento em que novas variantes mais contagiosas do coronavírus estão se espalhando pelos Estados Unidos, esses experimentos vêm para apoiar estudos anteriores sobre a necessidade de usar máscaras de melhor qualidade ou sobrepostas, respeitando padrões mais rígidos.

A comunidade científica concorda que o vírus se espalha principalmente pelo ar e há evidências crescentes de que quando alguém fala ou respira, eles projetam gotículas muito finas que podem viajar até vários metros.

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