Consultada pela AFP, a Casa Branca não se pronunciou sobre essa informação.
Raphael Bolstic, presidente da filial de Atlanta, é atualmente o único afro-americano em posição sênior no Fed.
Se Cook for nomeada, esta histórica escolha daria continuidade aos esforços de Biden para colocar mulheres e representantes de minorias em papeis importantes.
Cook, ex-conselheira econômica de Barack Obama e professora da Universidade de Michigan, ocuparia uma vaga no conselho de sete membros do Fed e se tornaria a quarta pessoa negra a se tornar governador do banco central americano.
O site de notícias Axios citou fontes próximas ao assunto afirmando que Biden estava avaliando Cook para o cargo, enquanto a Bloomberg relatou que ela tem o apoio de funcionários importantes da Casa Branca, mas que uma decisão não é iminente.
Membro da equipe de transição de Biden, Cook - que tem experiência em desenvolvimento e escreveu artigos sobre o impacto racial nos resultados econômicos - é Ph.D. em economia pela Universidade da Califórnia - Berkeley e formada pela Universidade de Oxford e Spellman.
O antecessor de Biden, Donald Trump, tentou preencher esta vaga no Fed com a nomeação de Judy Shelton, uma polêmica escolha que foi contestada por dezenas de ex-funcionários do Fed e outros economistas por causa de suas opiniões não convencionais.
O Senado finalmente rejeitou sua nomeação em meados de novembro.
"Precisamos de um Federal Reserve confiável para ajudar nossa economia nesta pandemia", ressaltou a vice-presidente Kamala Harris no Twitter.
"As ideias perigosas de Judy Shelton devastariam nossa economia, e sua falta de compromisso em usar toda a força do Fed para fornecer apoio diante da covid-19 é inaceitável", acrescentou.
O mandato de Jerome Powell, atual presidente do Fed, terminará em um ano. E espera-se que Biden anuncie nos próximos meses se pretende renová-lo no cargo ou indicará um novo nome.