"Exijo brincar livremente sem medo de nada nem de ninguém" e "Justiça para a menina Sharon e as outras meninas", destacaram algumas faixas no protesto que percorreu várias ruas do centro da Cidade da Guatemala.
O corpo de Sharon foi encontrado na quarta-feira no município de Melchor de Mencos, no norte da fronteira com Belize, um dia depois de seu desaparecimento. A autópsia revelou que ela foi estrangulada e tinha sinais de violência no rosto e nas mãos.
De acordo com a organização União Nacional de Mulheres da Guatemala, até agora neste ano mais de 60 meninas e mulheres foram assassinadas no país.
"Vim aqui pedir justiça às autoridades porque nada fizeram pelas meninas", acrescentou María Pérez, uma das menores no protesto que usava uma fita adesiva na testa com a frase "Só queremos uma vida digna".
"Com a voz e com o coração, as meninas e adolescentes expressam todos os seus sentimentos em relação às meninas que sofreram violência física e sexual no país, que é o que está acontecendo agora", disse à AFP María González, do coletivo COINCIDIR, organizador da manifestação.
Após a morte de Sharon, o presidente Alejandro Giammattei apontou a necessidade de reativar a pena de morte no país. A medida foi qualificada por ativistas de direitos humanos como populista, pois embora ainda esteja em vigor, o órgão máximo de justiça revogou a aplicação dessa pena no Código Penal.