O ex-presidente argentino Carlos Menem morreu neste domingo (14) em uma clínica de Buenos Aires aos 90 anos, informaram a agência oficial de notícias Telam e outros veículos da imprensa.
Menem, que foi senador do peronismo, foi hospitalizado várias vezes nos últimos meses.
Em 29 de dezembro, ele não conseguiu participar da votação no Senado sobre a lei do aborto na Argentina porque estava internado.
Natural da província de La Rioja, Menem governou a Argentina entre 1989 e 1999, com um programa neoliberal. Durante sua gestão, estebeleceu a taxa de câmbio de um peso igual a um dólar, o que mais tarde culminou na pior crise do país em 2001.
O ex-presidente teve três filhos em dois casamentos, o primeiro com Zulema Yoma e o segundo com a ex-miss Universo Cecilia Bolocco.
Menem foi investigado judicialmente em vários casos por corrupção, mas nunca houve uma condenação à prisão. Em 2019, foi condenado a três anos de prisão por peculato.
Ficou em prisão domiciliar preventiva em 2001 por um julgamento por contrabando de armas para a Croácia e Equador, mas foi libertado semanas depois por decisão do Tribunal Supremo da Justiça e posteriormente foi absolvido por excesso de prazo em um caso que levou 25 anos.