Pelo menos seis pessoas foram presas no estado mexicano de Nuevo León (norte) por vender uma vacina falsa contra a COVID-19 a preços de até US$ 2.000, informaram as autoridades locais nesta quarta-feira (17/02).
Depois de receber uma denúncia, as autoridades policiais foram a uma casa na área metropolitana de Monterrey, onde encontraram falsas doses da vacina Pfizer/BioNTech e prenderam seis pessoas acusadas de vender a mercadoria.
"Temos evidências diretas de que é uma vacina fraudulenta (...) foi vendida por até 40.000 pesos" (cerca de US$ 2.000), revelou Hugo López Gatell, subsecretário mexicano de Saúde, em uma entrevista coletiva.
Monterrey é a terceira maior cidade do país, sede de empresas transnacionais e lar de ricos empresários. O local onde a vacina falsa foi colocada, no subúrbio de San Nicolás de los Garza, é o município mais rico do país, segundo estatísticas oficiais.
A Comissão Federal de Proteção contra Riscos Sanitários, que regulamenta tudo relacionado à saúde, afirmou em nota que os produtos encontrados são de "origem duvidosa".
As autoridades sanitárias lembraram que no México nenhum indivíduo foi autorizado a comercializar a vacina contra a COVID-19 e que o produto só é administrado gratuitamente pelo Ministério da Saúde.
O México começou a aplicar a vacina contra a COVID-19 em 24 de dezembro, começando com o funcionários da saúde e um pequeno número de professores do leste do país. Desde a última segunda-feira, pessoas com mais de 65 anos começaram a ser vacinadas.
Até esta quarta-feira, o México registra 177.061 mortes por COVID-19 e pouco mais de dois milhões de infecções.