Inicialmente, Kim e Trump travaram uma batalha verbal e trocaram ameaças, antes de uma extraordinária amizade diplomática que se traduziu em dois encontros e uma declaração de amor do ex-presidente dos Estados Unidos.
Nenhum avanço significativo foi registrado e o processo ficou paralisado após o encontro de Hanói, que terminou de modo abrupto na questão sobre o alívio das sanções e o que Pyongyang estava disposta a ceder em troca.
De acordo com o documentário da BBC, com o título "Trump Takes on the World", o ex-presidente americano "surpreendeu até os diplomatas mais experientes" com a oferta de carona até seu país a Kim no Air Force One depois do encontro de 2019 no Vietnã.
Se Kim tivesse aceitado a oferta, o líder norte-coreano - e provavelmente algumas pessoas de seu entorno - teria entrado no avião presidencial americano, assim como a aeronave teria penetrado no espaço aéreo norte-coreano, o que provocaria várias questões de segurança.
"O presidente Trump ofereceu a Kim uma carona no Air Force One", declarou à BBC Matthew Pottinger, principal especialista para Ásia no Conselho de Segurança Nacional de Trump.
"O presidente sabia que Kim havia feito uma viagem de vários dias de trem através da China até Hanói e o presidente disse: 'Eu posso levá-lo para casa em duas horas, se você desejar'. Kim recusou".
Para sua primeira reunião com Trump em Singapura em 2018, Kim viajou em um avião da Air China. As autoridades chinesas estão interessadas em manter a Coreia do Norte - cuja existência como Estado-tampão mantém as tropas americanas na Coreia do Sul longe da fronteira da China - sob sua esfera de influência.
Durante a reunião de Singapura, Trump mostrou a Kim o interior de seu veículo presidencial - um Cadillac de 1,5 milhão de dólares conhecido como "A Fera", em uma demonstração de amizade.
Mas no mês passado. Kim declarou que Washington é o "maior inimigo" de seu país, que possui a arma nuclear, e afirmou que a a política dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte "nunca mudará" independente de "quem está no poder".
A imprensa estatal norte-coreana ainda não citou o nome de Joe Biden, que venceu Trump na eleição presidencial de novembro.
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