A Boeing recomendou neste domingo (21) que todas as empresas aéreas que possuam o modelo 777 equipado com o motor Pratt & Whitney PW4000-112 suspendam os voos com as aeronaves.
O pedido veio após um motor explodir no ar durante um voo da United Airlines sobre a cidade de Denver, nos Estados Unidos, no último sábado (20). As imagens foram publicadas nas redes sociais e causaram preocupação.
Apesar do susto, o voo conseguiu retornar ao aeroporto e fazer um pouso de emergência sem maiores problemas para seus 231 passageiros e 10 tripulantes e os maiores danos acabaram acontecendo em terra, com pedaços do motor caindo sobre um carro e em jardins de residências. A viagem tinha como destino final Honolulu, no Havaí.
%uD83C%uDDFA%uD83C%uDDF2 Mesmo com um dos motores pegando fogo, o piloto conseguiu pousar em segurança. pic.twitter.com/mqR52hoSWz
%u2014 Eixo Político (@eixopolitico) February 20, 2021
Segundo a Boeing, são pouco menos de 130 aeronaves do modelo 777 dotadas com esse motor.
Pouco antes da determinação da empresa, a Administração Federal de Aviação (FAA) já havia anunciado que faria uma "inspeção detalhada e emergencial" nos aviões do tipo e que "isso significa que alguns serão retirados de serviço".
O Japão também solicitou que as companhias aéreas nacionais não usem o modelo 777 até o fim de uma inspeção interna.
O novo problema com aeronaves da Boeing surge cerca de três meses depois de outro modelo, o 737 MAX, ter recebido autorização para voltar a voar nos EUA.
Nesse caso, problemas técnicos dos aviões foram apontados como responsáveis por dois acidentes fatais em 29 de outubro de 2018, com a empresa indonésia Lion Air, e em 10 de março com a Ethiopian Airlines. Os dois resultaram na morte de 246 pessoas. (ANSA).