Jornal Estado de Minas

TEERÃ

Irã supera oficialmente 60.000 mortes por covid-19

O Irã, nação mais afetada do Oriente Médio pela pandemia de coronavírus, superou neste domingo a marca de 60.000 mortes provocadas pela pandemia de coronavírus, cuja variante britânica, que circula no país desde janeiro, preocupa especialmente as autoridades.



Vários altos funcionários do governo iraniano, incluindo o residente Hassan Rohani, advertiram nas últimas semanas contra uma "quarta onda" de covid-19, após o aumento do número de casos em certas regiões do país.

A República Islâmica registrava oficialmente menos de 7.000 contaminações diárias desde o final de dezembro, mas este nível foi superado novamente no início de fevereiro.

Apesar da situação, o número de mortes por dia permanece abaixo de 100, o menor nível desde junho.

A campanha de imunização no país começou em 9 de fevereiro com a vacina russa Sputnik V.

"Lamentavelmente, nas últimas 24 horas, 93 pessoas faleceram por causa da covid-19 e o total de mortes por esta doença chegou a 60.073", disse a porta-voz do ministério da Saúde, Sima Sadat Lari.

O Irã registrou um total de 1.631.169 casos desde o início da pandemia, 8.010 nas últimas 24 horas, de acordo com os dados do ministério.

Várias autoridades iranianas, no entanto, reconhecem que o balanço real é maior.

O governo expressou preocupação após a detecção, em janeiro, do primeiro caso da variante registrada inicialmente no Reino Unido, mais contagiosa.



"Identificamos 112 pessoas afetadas pela variante britânica do coronavírus no país, incluindo oito que faleceram", afirmou na sexta-feira Alireza Raissi, vice-ministro da Saúde.

Raissi afirmou que as autoridades de saúde estavam "muito preocupadas com a variante, que circula no país" e foi identificada em várias províncias, incluindo Teerã.

Ele disse que a região de Khuzestan, sudoeste do país, é a província mais afetada afetada "porque a maioria dos casos é da variante inglesa".

"Esta variante pode virar a cepa dominante no Irã", advertiu.

Teerã comprou dois milhões de doses da vacina russa Sputnik V, informou no início do mês Kianush Jahanpur, diretor de Relações Públicas do ministério da Saúde.

Neste domingo, Jahanpur afirmou à AFP que até o momento foram distribuídas 110.000 doses da vacina no país e que serão administradas até 5 de março.

Ele não divulgou um balanço de quantas pessoas foram vacinadas até o momento.

Além disso, a República Islâmica deve receber 4,2 milhões de doses da vacina AstraZeneca, adquiridas por meio do mecanismo Covax, destinado a abastecer os países mais desfavorecidos, informou o ministro da Saúde, Said Namaki.

Neste domingo, a imprensa iraniana anunciou a chegada a Teerã de 250.000 doses da vacina chinesa Sinopharm, doadas por Pequim.

Ao mesmo tempo, o Irã trabalha em dois projetos de vacina. Os testes clínicos da primeira começaram em dezembro e os do segundo fármaco neste domingo.



audima