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Estado de Minas WASHINGTON

Blinken conversa com Guaidó e planeja maior 'pressão multilateral' contra Maduro


02/03/2021 23:34

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, conversou nesta terça-feira (2) com Juan Guaidó, líder da oposição que Washington reconhece como o presidente interino da Venezuela, e propôs trabalhar com os aliados para aumentar a "pressão multilateral" sobre o líder socialista Nicolás Maduro.

"Blinken falou hoje com o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó. Ele destacou a importância do retorno à democracia na Venezuela por meio de eleições livres e justas", diz um comunicado do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em referência à conversa por videoconferência.

O secretário de Estado do governo de Joe Biden pediu "esforços para trabalhar com aliados com ideias semelhantes", como a União Europeia (UE), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e iniciativas como o Grupo de Lima para "aumentar a pressão multilateral" por "uma transição democrática e pacífica " na Venezuela, acrescenta o documento.

Maduro, cuja reeleição em 2018 é questionada pela Casa Branca e classificada como fraudulenta, chamou Biden para "um novo caminho" nas relações entre Caracas e Washington após o mandato do ex-presidente Donald Trump, no qual duras sanções foram impostas contra a Venezuela e sua petroleira estatal PDVSA para tentar tirar o governante chavista do poder.

Diante da crise política e econômica na Venezuela, que levou mais de cinco milhões de pessoas a fugir do país, Blinken ofereceu a Guaidó "o apoio contínuo dos Estados Unidos", segundo o comunicado.

Guaidó, segundo nota de seu gabinete, expressou a Blinken "compromisso" com os Estados Unidos e outros aliados de buscar soluções políticas e, ao mesmo tempo, aumentar "a ajuda humanitária significativa" aos venezuelanos.

"Eles concordaram em trabalhar com a comunidade internacional para conseguir eleições presidenciais e parlamentares livres, justas e transparentes", acrescentou.

Em 19 de janeiro, antes de assumir o cargo de Secretário de Estado, Blinken descreveu Maduro como um "ditador brutal" e anunciou que concordava em continuar reconhecendo Guaidó como autoridade legítima da Venezuela.

Guaidó reivindicou em 2019 como chefe do Parlamento a presidência interina da Venezuela, depois que a maioria da oposição que controlava a Câmara declarou Maduro um "usurpador", acusando-o de ter sido reeleito em uma fraude.

Em dezembro passado, em eleições boicotadas pelos principais partidos da oposição, que as qualificaram de "farsa", o chavismo retomou o controle da Assembleia Nacional.

Os Estados Unidos, juntamente com a União Europeia e vários países latino-americanos, não reconhecem o Congresso resultante dessa eleição.


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