"A Procuradoria Geral de Belarus solicitou à Procuradoria Geral da Lituânia a extradição de Svetlana Tikhanovskaya para que possa ser processada por crimes contra a ordem pública e a segurança", em virtude de um acordo bilateral de assistência jurídica de 1992, disse em comunicado.
As autoridades lituanas rejeitaram firmemente este pedido.
"Todos os que encontraram refúgio na Lituânia podem se sentir seguros e não serão entregues aos governos (que os perseguem), seja pela sua luta pela democracia e a liberdade de expressão, ou pelas suas crenças", afirmou o chefe da diplomacia lituana, Gabrielius Landsbergis, em comunicado.
No Twitter, Svetlana Tikhanovskaya disse estar "grata à Lituânia", e agradeceu Landsbergis por "não só enfrentar o governo de Lukashenko, mas também por enviar uma forte mensagem de apoio aos bielorrussos".
O governo do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko reprime desde o ano passado uma histórica onda de protestos após sua polêmica reeleição em agosto.
A rival presidencial de Lukashenko, Svetlana Tikhanovskaya, uma destacada figura da oposição bielorrussa, fugiu para a Lituânia pouco depois das eleições, após ser ameaçada, segundo ela, pelos serviços de segurança.
As autoridades bielorrussas a acusam de organizar "distúrbios em massa" no ano passado, em referência ao movimento de manifestação.
Ela também é processada desde o outono de 2020 por "pedir ações que atentam contra a segurança nacional", um crime castigado com entre três e cinco anos de prisão.
MINSK