Milhões de pessoas irão sintonizar a CBS neste domingo (7) à noite para descobrir.
Os trechos divulgados da entrevista deram pistas: o duque e a duquesa de Sussex têm contas a acertar com o Palácio de Buckingham pouco mais de um ano depois de abandonar seus deveres reais e se mudar para o sul da Califórnia.
Em um deles, Meghan, ex-atriz de televisão que está grávida de seu segundo filho, referiu-se à família real como "the firm" (a firma), um apelido interno que usou ao acusar a coroa de contar "inverdades" sobre o casal.
Meghan, de 39 anos, enfrenta uma investigação interna do palácio sobre denúncias de assédio moral contra funcionários da casa real durante sua estada na Grã-Bretanha.
De acordo com o Times, ex-funcionários dizem que as acusações datam de outubro de 2018, alguns meses após o casamento do casal.
"Vamos chamar isso do que é: uma campanha de difamação calculada com base em informações enganosas e prejudiciais", respondeu um porta-voz de Harry e Meghan.
"Não é uma coincidência que as acusações distorcidas de vários anos atrás destinadas a minar a duquesa tenham chegado à mídia britânica pouco antes de ela e o duque falarem abertamente e honestamente sobre sua experiência nos últimos anos", acrescentou, referindo-se à entrevista que vai ao ar às 22h00 no horário de Brasília.
O casal sempre disse que deixou o Reino Unido para fugir da mídia britânica, mas também expressou seu descontentamento como realeza.
A crise lembra o divórcio dos pais de Harry, o príncipe Charles e a princesa Diana, e de uma famosa entrevista que esta última deu à BBC em 1995, na qual admitiu ter traído seu marido com o oficial do exército James Hewitt.
Por sua vez, a monarquia britânica decidiu enfrentar a ameaça desta entrevista, oferecendo a imagem de uma família unida nas celebrações anuais da Commonwealth em um programa de televisão que será transmitido às 15h00, no horário de Brasília.
"A cabeça da rainha está no dever e em Philip", seu marido, que está internado há três semanas, segundo o Sunday Express.
Segundo uma fonte próxima à rainha, citada pelo jornal, Elizabeth II não verá a entrevista do neto e estará mais presente na mídia na próxima semana para mostrar que a monarquia "está focada em questões importantes".
O veículo também informou que membros da corte, que não hesitaram em chamar a entrevista de "circo", estão se preparando para retaliar "com novas revelações" sobre o comportamento do casal se a monarquia for atacada.
Depois de confirmar à rainha Elizabeth que não retomariam seus deveres reais após um período de revisão de um ano, o duque e a duquesa de Sussex perderam seus últimos patrocínios reais e títulos militares no mês passado.
Do Reino Unido, mudaram-se para o Canadá e depois para a Califórnia. Viveram primeiro em Los Angeles e desde julho vivem em Montecito, uma pequena e próspera cidade costeira.
Tentam se apresentar como um casal moderno preocupado com questões humanitárias, em um país onde a opinião pública é muito mais favorável a eles do que na Grã-Bretanha.
Quando muitos analistas da família real chamaram o casal de imprudente e egoísta, alguns nos Estados Unidos viram sinais de racismo em relação a Markle.
Desde sua chegada aos Estados Unidos, Harry e Meghan criaram uma fundação de caridade chamada Archewell e assinaram um acordo com a Netflix para produzir documentários, longas-metragens, programação infantil e outros conteúdos.
Além disso, fizeram parceria com a Apple TV + em colaboração com Winfrey, que vendeu a entrevista para a CBS por entre US$ 7 milhões e US$ 9 milhões, de acordo com o Wall Street Journal.
Winfrey, no entanto, manteve os direitos internacionais sobre a conversa.
NOVA YORK